11 anos como cadeirante
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Hoje dia 21/02/2011 completa 11 anos que cai da escada e fiquei tetraplégica. Até hoje tenho dúvidas se devo comemorar esse dia (porque afinal de contas poderia ter ido dessa p/ melhor) ou esquecê-lo (porque minha vida nunca mais foi a mesma). Mas acho que não consigo fazer nenhum dos dois. Comemorar seria achar ou assumir que foi um dia bom, que me fez feliz, o que na realidade não foi. Esquecer seria se não tivesse significado nada, como se tivesse sido um dia qualquer.
Revivo neste dia tudo que aconteceu há 11 anos. Os momentos antes da queda, a queda, o hospital, meus familiares, a viagem a Brasília, os exames, a tranquilidade que aceitei tudo, ou quase tudo. Só não aceitava raparem meu cabelo para fazer tração, o que graças a Deus não foi preciso. Revivo também o que passei e consegui nos anos depois disso. O que fiz e venho fazendo. Se realmente aceito essa situação ou se a levo sem pensar. Sinto uma mistura de angústia, de orgulho e de esperança. Angustia por ainda ser cadeirante. Orgulho por não ter desistido de viver e Esperança em voltar a andar.
São 11 anos SEM: andar, correr, dançar, tomar banho sozinha, dirigir, cozinhar, pedalar, praticar esportes, acordar e pular da cama no mesmo instante, SEM INDEPENDÊNCIA. Mas são 11 anos COM: fé, esperança, determinação, amigos, amor, saúde, família e muita VONTADE DE VIVER.
Aprendi muitas coisas. A primeira foi a ter PACIÊNCIA, palavrinha que mais escutei de uma amiga quando estava internada e por fim achava que não precisaria de tanto, mas realmente precisa de muuuuuita. Depois aprendi a guiar uma cadeira de rodas, a saber o que significa acessibilidade, a fazer quase tudo sem os movimentos dos dedos, a aceitar os olhares das pessoas, a ter resiliência (flexibilidade, capacidade para adaptar-se a mudanças), que posso ser feliz independente de ser cadeirante, que a vida muda em um instante e que o mais importante na vida é ter quem a gente ama por perto.
Quero agradecer a todas as pessoas que nesses 11 anos me ajudaram. Sem eles não seria nada do que sou hoje.
Mãe você é a principal responsável por tudo que sou, espero um dia "pagar" tudo o que já fez e faz por mim. Obrigada por tudo meu Deus. Obrigada meus amigos e familiares.
Que venham mais 11 anos como cadeirante ou melhor ainda, como andante.
Revivo neste dia tudo que aconteceu há 11 anos. Os momentos antes da queda, a queda, o hospital, meus familiares, a viagem a Brasília, os exames, a tranquilidade que aceitei tudo, ou quase tudo. Só não aceitava raparem meu cabelo para fazer tração, o que graças a Deus não foi preciso. Revivo também o que passei e consegui nos anos depois disso. O que fiz e venho fazendo. Se realmente aceito essa situação ou se a levo sem pensar. Sinto uma mistura de angústia, de orgulho e de esperança. Angustia por ainda ser cadeirante. Orgulho por não ter desistido de viver e Esperança em voltar a andar.
São 11 anos SEM: andar, correr, dançar, tomar banho sozinha, dirigir, cozinhar, pedalar, praticar esportes, acordar e pular da cama no mesmo instante, SEM INDEPENDÊNCIA. Mas são 11 anos COM: fé, esperança, determinação, amigos, amor, saúde, família e muita VONTADE DE VIVER.
Aprendi muitas coisas. A primeira foi a ter PACIÊNCIA, palavrinha que mais escutei de uma amiga quando estava internada e por fim achava que não precisaria de tanto, mas realmente precisa de muuuuuita. Depois aprendi a guiar uma cadeira de rodas, a saber o que significa acessibilidade, a fazer quase tudo sem os movimentos dos dedos, a aceitar os olhares das pessoas, a ter resiliência (flexibilidade, capacidade para adaptar-se a mudanças), que posso ser feliz independente de ser cadeirante, que a vida muda em um instante e que o mais importante na vida é ter quem a gente ama por perto.
Quero agradecer a todas as pessoas que nesses 11 anos me ajudaram. Sem eles não seria nada do que sou hoje.
Mãe você é a principal responsável por tudo que sou, espero um dia "pagar" tudo o que já fez e faz por mim. Obrigada por tudo meu Deus. Obrigada meus amigos e familiares.
Que venham mais 11 anos como cadeirante ou melhor ainda, como andante.
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