Rio terá reserva adaptada para receber turistas com necessidades especiais
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O chefe da reserva, Whitson José da
Costa Jr., afirmou que a nova trilha servirá de espaço de lazer para os
turistas brasileiros e do exterior com necessidades especiais que acompanharão
as Paraolimpíadas de 2016, evento que ocorrerá após os Jogos Olímpicos, também
sediados no Rio. Ele explicou que a ideia do
projeto surgiu depois que uma instituição para pessoas com deficiência motora
solicitou uma visita à reserva.
- Foi então que vimos quão
despreparados estávamos para receber esse público. Após estudo, descobrimos que
14% da população brasileira têm algum tipo de deficiência física e que só na
região da reserva vivem cerca de 50 mil pessoas com algum tipo de necessidade
especial, privadas de conhecer essas reservas naturais porque não têm acesso a
elas.
O projeto faz parte de um convênio,
formalizado no início de abril entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), que administra a Rebio União, a Secretaria do Ambiente
do Rio de Janeiro (SEA/RJ) e o Fundo Brasileiro para
a Biodiversidade (Funbio). As obras devem começar em junho e a previsão é que
estejam prontas no fim do ano.
Com custo de R$ 311 mil, o projeto
será financiado pela Secretaria do Ambiente e o Funbio ficará responsável por
sua execução.
Além das obras de adaptação nos
banheiros, no auditório e na área de exposições para garantir a acessibilidade,
os primeiros 900 metros da trilha serão pavimentados e ganharão proteção nas
laterais (guarda-corpo). O projeto também inclui a contratação de um
profissional para divulgar o novo espaço e incentivar a visitação junto às
instituições que trabalham com portadores de necessidades especiais na região.
Haverá ainda um guia capacitado para
receber visitantes com diferentes necessidades especiais. “O cego, por exemplo,
poderá explorar o ambiente também pelo tato e pelo olfato com o auxílio do
guia”, informou Whitson.
A Rebio União localiza-se nos
municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Macaé e possui uma área de
2.548 hectares. Habitat do mico-leão-dourado, uma das espécies mais ameaçadas
do mundo, a reserva fica a cerca de 160 quilômetros da capital fluminense e é
considerada um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica de baixada do estado
ainda em bom estado de conservação.
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