Conselho da pessoa com deficiência acusa IBGE de exclusão
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HÁ UMA MOBILIZAÇÃO DO CONSELHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM CATANDUVA (SP) NO QUE SE REFERE AO IBGE 2010.
Conselho da pessoa com deficiência acusa IBGE de exclusão; entidade chegou a colher 621 assinaturas e pede censo local da Prefeitura
O Conselho da Pessoa com Deficiência de Catanduva acusa o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de excluir as pessoas portadoras de necessidades especiais do Censo 2010. A entidade local, bem como o órgão estadual correspondente, quer que a contagem seja feita na totalidade e não por amostragem.
O IBGE de Catanduva rebate dizendo que cada município, de acordo com o número de habitantes, tem uma porcentagem na aplicação dos questionários.
A taxa de amostragem de um município como Catanduva é de 10%, isso corresponde a cada 10 casas um questionário amostra.
Existem dois tipos de contagem: básica e por amostra. No questionário por amostra existem vários quesitos e quanto ao assunto deficiência, perguntamos sobre a gravidade, abordam os campos visual, motor, auditivo e mental. “A aplicação do questionário-amostra não prejudica em nada a apuração dos resultados já que a amostragem é um método estatístico amplamente utilizado na realização de pesquisas, não só pelo IBGE”, explica Priscila Bueno Alves, coordenadora do censo na cidade.
Para Maura Silva Mello Guerreiro, presidente do conselho, a entidade vê essa forma usada como de “exclusão”.
“Queremos saber ao certo quantas pessoas com deficiência existem na cidade. Para isso, entramos na campanha estadual para que o censo seja feito de maneira correta e coerente. Ela vai pedir à Prefeitura uma contagem mais coerente.
Dona de casa sentiu ‘descaso’
A dona de casa Márcia da Silva, 38 anos, diz que sentiu descaso ao receber os recenseadores em sua casa. Ela ajuda a cuidar de Osnir Roberto Vincci, 54, que tem problemas mentais. Márcia fala que não perguntaram nada sobre o deficiente. “Senti como se fosse um descaso, não das pessoas que fazem o Censo, porque elas estão fazendo o trabalho dela, mas de um modo geral.
Apenas me perguntaram se havia pessoas com deficiência, mas não quiseram saber que tipo, quais as dificuldades que enfrentamos, entre outras coisas que eu considero importante para essas pessoas especiais”, desabafa.
O IBGE rebate novamente dizendo que este tipo de contagem foi explicado em lei e que é feito um balanço através dos dados recolhidos.
Jorge Cardoso
Agência BOM DIA
"É um absurdo este censo, o que custa perguntar em todas as casas se há uma pessoa com deficiencia? Será que iria demorar muito? Ou eles não querem saber a verdade? Isto tem q mudar."
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