Kart para cadeirantes

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    Os cadeirantes já podem desfrutar do prazer de disputar uma corrida de Kart. No Rio de Janerio existe o Kart adaptado para cadeirantes.
   Muitas vezes nem mesmo um acidente grave consegue afastar um piloto das pistas. Menos de 90 dias depois do terrível acidente do GP da Alemanha, em Nurburgring, em 1976, o austríaco Niki Lauda já estava pilotando sua Ferrari novamente. No kartismo não é diferente. A categoria já tem até um equipamento criado especialmente para paraplégicos, provando que a paixão pelo esporte e a vontade de acelerar não têm limites.
    O primeiro modelo brasileiro foi desenvolvido pelo piloto paraplégico William Peetz e era usado em circuitos indoor. No Rio de Janeiro, a equipe Superbus partiu do mesmo projeto e criou um kart de competição para Diego Maia, que perdeu os movimentos das pernas num acidente no Kartódromo de Juiz de Fora, em 1995. Atualmente ele participa do Campeonato Regional da Barra, e corre na categoria Kartsport.
    O responsável pela montagem do equipamento carioca é o chefe de equipe e preparador Jorge Eduardo Ferraz. O ponto de partida foi um chassi Mega e as modificações levaram cerca de 15 dias para serem feitas. "Não é complicado, é uma questão de criatividade. As peças são todas adaptadas, dá para fazer tranquilamente na própria oficina", diz Jorge.


Freio e acelerador
    Os comandos de freio e aceleração são transferidos para as mãos, por isso o volante é bem diferente. Além disso, os dois são invertidos. Acelerador fica na mão esquerda, já que o movimento é mais constante. O freio foi para o lado direito, pois exige mais força. "No início é bem chato. Com o pé é mais fácil. Depois que você se acostuma, é fácil retomar a aceleração com a mão esquerda e frear em cima. Eu também faço exercícios com uma bola fisioterápica para fortalecer minhas mãos. São fundamentais.", conta Diego. O kart adaptado também requer mais reflexo. É preciso coordenar os movimentos das mãos, para não soltar o volante.
    No kart criado por William Peetz, o acelerador é igual ao de uma moto. Jorge preferiu adaptar o controle de uma bicicleta para facilitar o trabalho do piloto. "Era muito complicado virar a mão enquanto acelerava, desse jeito é só apertar. Exige só um pouco mais de força", diz Diego. A ligação do cabo do acelerador é normal ele só fica direcionado para o volante. O freio mistura elementos. O cilindro mestre é de motos, a pinça e as tubulações são de karts convencionais.

Motores
    Os motores ideais são os quatro tempos. Mais lentos, eles trepidam menos e o piloto não é "jogado" nas curvas. "Como quem usa esse kart geralmente passou por operação na coluna é preciso evitar o risco de mais lesões", conta Diego. Outro fator importante é a embreagem. Ela não deixa que o motor apague em caso de rodadas e é possível voltar à pista sem necessidade de ajuda.

Chassi
    O chassi não sofre nenhuma alteração significativa. Apenas os pedais são removidos e o assoalho do kart recebe dispositivos de proteção para as pernas, que precisam ser imobilizadas. "Elas podem ser jogadas num solavanco e bater nos pneus", explica Diego. No modelo de William, elas ficam presas por fitas de velcro. No kart usado por Diego Maia, são sustentadas por duas canaletas e fixas também com velcro.

Mais informações sobre karts adaptados: cunhacat@aol.com e http://www.allkart.net/index.php3

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