Brasil terá centro de treinamento de cães-guia mantido pelo governo federal
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A meta é
que cada aluno treine seis cães-guia, que depois serão encaminhados aos
instrutores
A partir do segundo semestre de 2012,
deficientes visuais de todo o país contarão com um centro de treinadores de
cães-guia mantido pelo governo federal. Em janeiro, o Instituto Federal
Catarinense, no campus de Camboriú, começa a construir o centro, que deve
treinar cinco profissionais por turma.
A meta é
que cada aluno treine seis cães-guia, que depois serão encaminhados aos
instrutores. Esses profissionais, responsáveis pela interação entre o animal e
o deficiente visual, também deverão ser formados no centro.
O projeto
começou a surgir há três anos, quando a coordenadora do projeto, Márcia Santos
Souza, conheceu um professor deficiente visual. “Nas conversas com ele,
pensamos em fazer o projeto. Começamos a plantar uma sementinha pequena que foi
se modificando. E o governo federal comprou a ideia”, contou Márcia, que
coordena o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas,
ligado ao Instituto Federal Catarinense. Segundo ela, a meta é espalhar centros
semelhantes em todas as regiões do país.
De acordo
com Márcia, atualmente, existem outros centros de treinamento no Brasil, que
surgiram por meio de iniciativas particulares de organizações não
governamentais ou até do Corpo de Bombeiros de determinadas localidades.
“É uma
experiência piloto, dentro do plano do governo federal para pessoas com
deficiência. Será o primeiro centro de treinamento de cães com iniciativa do
governo em toda a América do Sul", disse.
Apenas as
raças labrador retriever e golden retriver podem ser treinadas para cães-guia.
Passados 45 dias do nascimento, os filhotes são encaminhados a famílias que
ficam responsáveis pela socialização do cachorro. “Eles são levados para
shoppings, parques e até o trabalho. Fazem parte do dia a dia da família”,
explicou Márcia.
Passada
essa fase, os cães são levados para os centros de treinamento. E só ficam aos
cuidados dos deficientes visuais depois de dois anos de iniciado o processo. “A
parceria entre o cão e o deficiente é como um casamento. E, neste caso, os
opostos não se atraem. Tem de ter personalidade
e estilo de vida iguais. É preciso juntar com harmonia para que a pessoa
caminhe bem”, ressaltou a coordenadora do projeto.
As obras
de construção do centro começam em 9 de janeiro e devem durar 150 dias. O custo
total ficou em R$ 3,1 milhões.
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