"A educação inclusiva é uma obrigação do ensino público e do privado", diz MP
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"A
educação inclusiva é uma obrigação do ensino público e do privado e exige
acessibilidade pedagógica". Com esse pensamento a Promotora de Justiça de
Defesa da Pessoa com Deficiência, Iadya Gama Maio, inicia buscar dar
visibilidade a um trabalho de conscientização das escolas sobre a recepção e o
desenvolvimento de alunos com deficiência.
Dessa vez
a Promotoria de Justiça está trabalhando com as escolas da rede particular de
ensino. Segundo Iadya Gama o trabalho na rede pública já está mais avançado no
sentido de conscientização e fiscalização, mas muitas pessoas ainda desconhecem
os seus direitos em relação a escolas privadas. "As escolas particulares
também são obrigadas a seguir as determinações legais no que diz respeito à
recepção e à aprendizagem dos alunos com deficiência. Mas percebemos que muitos
pais desconhecem essa obrigatoriedade, achando que apenas a rede pública de
ensino deve garantir a educação de crianças e adolescentes com deficiência,
quando qualquer escola particular também tem essa incumbência. São comuns os
casos de pessoas que acham que a escola pode se recusar a receber alunos com
deficiência alegando falta de estrutura, o que não é aceitável", explica a
Promotora de Justiça.
O trabalho
de conscientização vem sendo desenvolvido pelo Ministério Público junto às
escolas privadas, inicialmente de maneira preventiva. Em julho deste ano foi
realizada uma reunião que contou com a presença aproximada de 180 escolas da
rede particular, onde foram discutidas as questões referentes à educação inclusiva.
Na oportunidade ficou demonstrada a necessidade das escolas particulares
inserirem o atendimento educacional especializado - AEE - em seus Projetos
Políticos Pedagógicos, resultando em uma Recomendação ministerial.
Dando
continuidade ao trabalho, no último dia 07, a 30ª Promotoria de Justiça da
Comarca de Natal, com atribuição na área de Direitos das Pessoas com
Deficiência e Idosos, recebeu representantes do Conselho Estadual de Educação
para discutir a implementação da educação inclusiva nas escolas da rede
privada. No debate buscou-se formas de garantir que as escolas particulares
assumam as mesmas obrigações da rede pública no que se refere ao oferecimento
da educação inclusiva, com as diversas ferramentas que devem ser postas ao
público-alvo da educação especial (pessoas com deficiência, transtornos
globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação).
O objetivo
maior desse trabalho é garantir que toda criança e adolescente que possuir
deficiência esteja matriculado e incluído em qualquer escola comum, seja ela
pública ou privada, sendo a eles garantido o atendimento educacional
especializado de que necessitem. "Precisamos pensar educação inclusiva de
forma mais ampla. O que buscamos é uma inclusão pedagógica em todas as escolas,
sejam públicas ou privadas, de forma a garantir que alunos com os mais diversos
tipos de deficiência se sintam parte do processo de construção da
cidadania", explica Iadya Gama.
* Fonte:
MP/RN
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