Ótimos resultados não garantem reconhecimento ao esporte paralímpico
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Fabiana
Lopes | Olímpico | 16/12/2011 15h13
Vida
de atleta não é fácil. Treinamentos exaustivos para obter os melhores resultados,
busca de patrocinadores e uma rotina sem excessos são alguns dos ingredientes
que fazem parte do dia a dia de um atleta, seja ele portador ou não de uma
deficiência. No caso dos atletas paralímpicos ou paradesportivos os sacrifícios
são um pouco maiores.
O
Brasil é uma das grandes potências em diversas modalidades. Basquete, natação e
vôlei são as mais conhecidas do grande público, mas também temos atletas de
Rugby de Cadeira em Rodas, Judô, Hipismo, Futebol de Cinco, para pessoas com
deficiência visual e Futebol de Sete, para pessoas com paralisia cerebral,
Atletismo entre outras.
Mesmo
com os excelentes resultados obtidos nas competições como os jogos Para
Pan-Americanos e Paralimpíadas esses heróis nacionais têm pouquíssima
divulgação dos seus feitos e conquistas. Ao todo, nossos atletas conquistaram
81 medalhas de ouro, 61 de prata e 55 de bronze, totalizando 197 medalhas e
garantindo ao Brasil o primeiro lugar no quadro de medalhas nos Jogos de
Guadalajara. Os Estados Unidos, que ficaram em segundo lugar na competição,
conquistaram apenas 132 medalhas, sendo 51 de ouro.
- Entenda as regras do vôlei Paralímpico
João
Luis de Almeida é nadador e atualmente compete nas provas dos 50 e 100 metros
livres. João compete na classe S13 e conquistou duas medalhas de bronze em
Guadalajara. Após um período parado por conta da faculdade de fisioterapia,
João voltou a nadar para manter a forma física e decidiu retornar aos
treinamentos no início de 2007, quando descobriu o paradesporto para
deficientes visuais.
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Conheça as divisões de classes da natação
Como
a maioria dos atletas, João leva uma vida dupla. Além dos treinamentos para as
competições ele também trabalha como fisioterapeuta. "Recebo a bolsa
atleta, mas tenho que trabalhar para manter meus gastos como atleta. Além do
treinamento puxado, também temos uma preocupação com a alimentação. Abrimos mão
de muita coisa para sermos atletas profissionais. Não competimos somente nas
Olimpíadas. Também temos os campeonatos regionais e os nacionais".
No
basquete, um dos esportes mais populares, Írio Nunes é um dos nossos craques.
Írio é pivo, pratica basquete há 14 anos e faz parte da Seleção Brasileira de
Basquete em Cadeira de Rodas. Ivo foi descoberto por um diretor de um clube,
após vê-lo jogar na rua.
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Regras do Basquete em Cadeira de Rodas
Todos
os entrevistados falaram do orgulho que sentem em representar nosso país nas
competições, mas ao mesmo tempo eles também demostram uma ponta de tristeza e
ressentimento por não terem um reconhecimento. "No Brasil, infelizmente é
assim. Temos que conviver com essa falta de interesse não só dos
patrocinadores, mas também das pessoas. Alguns amigos meus nem sabiam que
estávamos disputando o Pan", lamentou Írio Nunes.
Wescley
Conceição também lamenta sobre a falta de divulgação dos resultados. "Desde
do inicio do ano treinamos todos os finais de semana. Costumávamos participar
do Campeonato Paulista, mas esse ano não tínhamos como ir. Não temos muito
recursos financeiros e não vejo muitas pessoas interessadas em patrocinar os
atletas".
Guilherme
Borrajo é um caso raro entre os atletas, mas também faz um desabafo "
Consigo viver somente do esporte. Durante a semana além da faculdade também
faço academia para ter reforço muscular e aos sábados pratico treinamento na
areira. Nossos resultados nas Paralimpíadas são ótimos. Em Pequim tivemos nosso
País e representamos bem. Conseguimos ótimos resultados, mas infelizmente isso
não é divulgado. Acredito que como as empresas não sabem dos resultados, os
patrocínios não chegam. Pensei que após o sucesso do Pan de 2007 a coisa fosse
mudar, mas infelizmente pouca coisa mudou".
Mesmo
com todas estas dificuldades todos estão animados e confiantes para as
Paralimpíadas, em Londres, em 2012. Guilherme acredita em um melhor resultado.
"Nossos maiores adversários são o Irã a Bósnia e a Rússia e esperamos
ficar na melhor colocação possível. Este ano ficamos em quarto lugar na Copa
Intercontinental realizada na Inglaterra e vamos lutar para ficar entre os três
primeiros em Londres".
Írio
acredita que após Guadalajara, onde o Brasil ficou na quinta colocação, a
equipe está mais preparada e confiante para Londres. Já João Luis promete
dedicação total no treinamentos. "Sei que tenho que melhorar meus tempos.
Estou muito motivado e vou brigar para obter o índice olímpico. A realidade é
dura, mas tenho certeza que estaremos em Paralimpíadas.
Fonte: Sidney Rezende
Oi linda,tudo bem?
ResponderExcluirQue o seu Natal seja brilhante de alegria, iluminado de amor, e o seu Ano Novo cheio de esperança.
FELIZ NATAL e um ANO NOVO cheio de realizações
Carinhosamente
Amara
Bjss