Para pessoas com deficiência, desafio do governo é transformar decreto em ações práticas
Compartilhe
Antonio Ferreira - secretário da SNPD |
Para
cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência no país, o principal desafio do
governo federal em 2012 é garantir que o Plano Viver Bem - que fixa metas que
asseguram mais qualidade de vida para essas pessoas - seja transformado em
ações concretas. O secretário nacional da Pessoa com Deficiência, Antônio José
Ferreira, disse à Agência Brasil que as medidas dependem de uma ação conjunta
dos governos federal, estadual e municipal e a sociedade.
“O
nosso desafio é tirar do papel e por em prática as ações previstas no plano. As
pessoas com deficiência precisam de equiparação de oportunidades. Para isso, é
necessário que todos cooperem. As garantias da preservação de direitos e
oportunidades envolvem o conjunto da sociedade e não apenas uma parcela”, disse
Ferreira. “Estamos falando de 23,9% da sociedade brasileira, segundo dados do
IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística].”
Ao
defender a execução das metas do plano, Ferreira lembrou as dificuldades que passa
diariamente. Deficiente visual desde criança, o secretário disse que todos os
dias tem de superar barreiras. “Por isso, nós não falamos em deficiências mais
severas ou mais leves. São deficiências e temos de ter condições de
superá-las”, acrescentou.
Em
novembro, a presidenta Dilma Rousseff e a ministra-chefe da Secretaria de
Direitos Humanos, Maria do Rosário, lançaram o Plano Nacional da Pessoa com
Deficiência – que passou a ser chamado de Viver Bem.
No
plano, há uma série de medidas estabelecendo o acesso das pessoas com
deficiência aos direitos básicos - como ao mercado de trabalho e à mobilidade
urbana. As ações do programa estão em três eixos - educação, saúde e proteção
social. As ações são definidas por setor para que todos os ministérios e órgãos
públicos atuem pela consolidação das políticas destinadas a essas pessoas.
De
acordo com Ferreira, o plano garantiu a conquista de assegurar recursos no
Orçamento Geral da União em todas as áreas para as ações destinadas aos
programas destinados às pessoas com deficiência. Segundo ele, também assegura a
participação de organizações não governamentais (ONGs) desde que estejam
conveniadas.
Para
o secretário, o Brasil, apesar dos desafios que têm de enfrentar, fez
conquistas que considera “históricas”. Ele lembrou que o país ocupa o primeiro
lugar na América do Sul em políticas destinadas às pessoas com deficiência,
tendo como carro-chefe o chamado benefício continuado – por meio do qual as
consideradas carentes recebem um salário mínimo (R$ 545). De acordo com
Ferreira, cerca de 2 milhões de cidadãos recebem o benefício.
Ferreira
disse também que o plano é o principal responsável pela consolidação das
políticas públicas para as pessoas com deficiência. Antes, eram ações
pulverizadas e nem sempre os coordenadores se comunicavam. “Com o plano foi
implantado o viés da integração”.
Fonte:
Agência Brasil - Imagem Internet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário é muito importante para nós.