Escolas terão R$ 100 milhões para acessibilidade
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Escolas
públicas de 3.433 municípios receberão R$ 100 milhões para realizar adequações
arquitetônicas nas sedes e investir em outras melhorias para favorecer a
igualdade de condições de acesso e aprendizagem aos alunos com deficiência. O
repasse de recursos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
às unidades de ensino foi normatizado pela Resolução nº 27, de 2 de junho de
2011, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (3).
Os
recursos, provenientes do FNDE, destinam-se a 12.165 mil unidades municipais,
estaduais e do Distrito Federal para serem aplicados, prioritariamente, na
contratação de serviços de construção de rampas, alargamento de portas e
passagens, assim como a instalação de corrimãos. Sanitários também devem ser
adequados para acessibilidade e colocação de sinalização visual, tátil e
sonora. A verba pode ser aplicada, ainda, na aquisição de itens como cadeiras
de rodas, bebedouros, mobiliários acessíveis ou softwares específicos.
Censo
Escolar de 2010 – Quase 500 mil alunos matriculados em unidades de ensino
regular são estudantes com deficiência e apenas 20% das escolas públicas de
educação básica atendem a critérios de acessibilidade a esse público. Neste
ano, serão atendidas as escolas que receberam sala de recursos multifuncionais
em 2009 e registraram matrícula de estudantes com essa característica no Censo
de 2010. Cada unidade de ensino pode receber recursos que variam de R$ 6 mil a
R$ 9 mil, de acordo com o número de alunos. “Os estudantes com deficiência
devem ter acesso a todas as dependências da escola”, pondera a diretora de
políticas de educação especial do Ministério da Educação (MEC), Martinha
Clarete.
A Escola
Acessível faz parte do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que reduz a
burocracia na transferência de recursos. Para recebê-los, as escolas devem
elaborar planos de ações que serão submetidos à aprovação das secretarias de
educação, observados os critérios e normas gerais de acessibilidade nas obras.
Política
de educação inclusiva foi lançada em 2008
Os
resultados do Censo Escolar da Educação Básica apontam um crescimento
significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino
regular. De acordo com o MEC, esse crescimento é reflexo de política adotada
que inclui programas de implantação de salas de recursos multifuncionais,
adequação de prédios escolares para a acessibilidade, formação continuada de
professores da educação especial e do Benefício de Prestação Continuada da
Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva:
Direito à Diversidade. O objetivo é estimular a formação de gestores e educadores
para a criação de sistemas educacionais inclusivos. A política nacional de
educação especial na perspectiva da educação inclusiva foi lançada em 2008
paralelamente a aprovação, por meio de emenda constitucional, da convenção da
Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com
deficiência. De acordo com a convenção, devem ser assegurados sistemas
educacionais inclusivos em todos os níveis
Fonte: Visto Livre
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