Mulheres que inspiram!

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Aprendi que a mulher mais inspiradora que existe é a mãe.

E não importam as suas limitações humanas, perceptíveis ou não aos olhos e sensibilidade da maioria das pessoas, porque desde o ventre, são elas que inspiram seus filhos e filhas a serem quem são. 

São elas que a partir das suas histórias íntimas, do seu sentir bom ou ruim, registram as memórias emocionais que perdurarão na trajetória das futuras gerações.

Mães são árvores poderosas que dão frutos e tornam o mundo melhor!

Pensar na importância da Mulher é um convite sublime e carinhoso para tirar uns minutos e honrar a mãe que vibra nas células de cada pessoa que vive, em algum lugar da Terra.

Mas aqui, quero apenas falar da mulher, do feminino que vibra dentro da gente.

Mulheres que carregam em suas histórias a carga genética e a memória de suas ancestrais que de algum modo, reverbera em suas entranhas e influencia, direta ou indiretamente nas suas escolhas, suas lutas, nos passos apressados ou lentos da sua caminhada. 

Mulheres que lutaram bravamente pela sua sobrevivência num mundo assustador e cruel em tantas esferas. E ainda assim, persistiram e esperançaram em suas crias a possibilidade de novas perspectivas e caminhos para a humanidade.

Mulheres que na história contada ou não, tiveram seus ventres rasgados, seus filhos levados, seus amores dilacerados, seus sonhos destruídos e, ainda assim, serviram ao próximo, escravizadas ou não, mas centradas em seu papel fundamental na existência e continuidade.

Mulheres lindas e inspiradoras em sua feminilidade e delicadeza para sentir, acolher, aceitar, cuidar, amamentar, proteger, olhar, sorrir, emocionar, elevar.

Mulheres índias, negras, mulatas, branquelas, manchadas, faceiras, brutas, selvagens, domadas, escravas, delicadas, apaixonadas, revoltadas, resignadas, tristes, felizes, entusiasmadas, ansiosas, corajosas, amaldiçoadas, ousadas…

Mulheres que contam histórias, registram memória, gritam, riem, choram, comemoram, esbravejam, se rebelam contra tudo e todos que corrompem suas almas, seu sentir, suas dores, seu brilho, seus amores.

Mulheres violentadas, abusadas, dizimadas nos direitos mais básicos e primordiais da existência humana. Objetos do desejo e da insensatez alheia, muitas vezes a sua vontade e liberdade de escolha. Rainhas do material, da luxúria, do superficial exacerbado das sociedades medíocres e hipócritas em sua moralidade vil.  

Mulheres gentis, bondosas, complacentes, inconformadas, amorosas, vulneráveis, autoritárias, sensuais, boas, más, quentes, mornas, frias, arrogantes, doloridas, generosas, frustradas, donas de suas próprias vidas. Ou não!

Cada qual da sua maneira, vivendo histórias de lutas, conquistas, perdas, tragédias, vitórias, fim, começo, recomeço. Abandono, humilhação, libertação, empoderamento.

Mulheres que nas estradas da vida deixaram marcas, boas ou não, como é para tudo e todos, sem exceção. 

Mulheres que são necessárias, não por estarem acima ou abaixo de algo ou alguém. Mas porque são mães, filhas, irmãs, tias, avós, madrinhas, professoras, profissionais, especialistas, gente que inspira, que olha nos olhos, que toca o coração, que dá as mãos, o colo, o abraço, o carinho, a coragem para persistir e voar, seja lá para onde você deseje ir, apenas seguir.

Mulheres cheirosas, dengosas, sensíveis, necessárias!

Mulheres que um dia foram meninas, maltratadas ou amadas; bem-vindas ou amaldiçoadas; queridas ou preteridas, cada qual com a sua sina.

Todas, sem exceção, pessoas que nas entranhas, carregam a dor e a alegria de serem inteiras, intensas e necessárias no mundo.

Esse mundo incoerente e indecifrável que apesar das crueldades, é indescritível nas belezas e possibilidades. 

Tudo depende do que a gente escolhe fazer com aquilo que fizeram com a gente.

Ressignificar é dom feminino! Curar com ternura também!

É mulher que ensina no berço a força do perdão, da gratidão, do respeito, do colo, do brilho nos olhos e a paz do abraço que acolhe.

Ser mulher é ter a certeza de que seja lá como for, a gente tem o direito de escolher quem queremos ser. E nada, nem ninguém, pode mudar esse dom que habita na alma feminina, na firmeza das suas atitudes e principalmente, no poder do seu discurso materno.

Faz sentido para você?

Com amor,

Roberta Borges

Fonte: Portal Acesse

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