Ferramentas usadas na alfabetização do deficiente visual

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Publicado em 02/02/2011 por Regina Célia

    Você já parou para pensar, no que é necessário para um deficiente visual ser integrado na vida escolar formal? Quais os recursos e requisitos para um professor poder ensinar um aluno deficiente visual?
    Antes de citar o que existe para promover esse tipo de ensino inclusivo, é necessário esclarecer que pela medicina oftalmológica, é considerado deficiente visual todo aquele que tiver abaixo de 20% de visão, somando a acuidade visual de ambos os olhos.
    Sendo assim, dentro desses 20% de visão, existem níveis ou graus de visão, que diferenciam uma pessoa deficiente visual da outra. Dessa forma, segundo a classificação internacional, existem:

(Antes, uma explicação: o B é para Blind que significa cego em inglês)
◦B1 - onde se incluem aqueles que tem de 0 a 5% de visão; enxergam claridade e vultos;
◦B2 - aqueles que tem de 5 a 10% de visão, eles têm percepção com pouca definição de cores, vultos;
◦B3 - aqueles que têm entre 10 e 20% de visão.Conseguem reconhecer cores, fisionomias, distinguir objetos e até ler com caracteres ampliados.

É importante saber qual o grau de deficiência visual que o aluno tem, para poder aplicar melhor uma das ferramentas abaixo.

Ferramentas para escrever o Braille
    Para se inserir um educando na vida escolar, o educador precisa saber o Braille, que é o código universal de leitura e escrita para cegos e deficientes visuais. Ele possui, 63 caracteres, com os quais se pode escrever desde uma simples palavra, complexas expressões matemáticas ou químicas e até partituras musicais. Para mais informações consulte artigo na Wikipedia sobre o alfabeto Braille.

Reglete: é uma prancheta com uma régua metálica com os seis pontos Braille impressos. É nessa régua que se insere o papel afim de que seja perfurado com a punção, imprimindo-se os caracteres do Braille, para que possam ser lidos.
Punção: é a ferramenta de escrita do deficiente visual, ou seja, é o que substitui a caneta do vidente.
Máquinas Braille: possui seis teclas, que ao serem pressionadas de forma combinada também imprimem o Braille. Muito parecida com a máquina de escrever.

O que fazer para o desenvolvimento da leitura Braille
Existem materiais pedagógicos que estimulam o desenvolvimento do tato.
Na matemática: existem os sorobãs adaptados, que são mini-ábacos, com um suporte traseiro para fixar as contas, assim, elas não se deslocam ao serem tateadas.
    As regras usadas para operacionalizá-lo, são iguais ao sorobã ou ábaco utilizado pelos japoneses, o que permite em casos de prática, efetuar-se as contas de modo mais rápido que uma calculadora, é só tentar.

Existem ainda outros recursos métricos como:
◦Réguas adaptadas;
◦Materiais para desenho;
◦Telas e compassos adaptados.

Na informática
Leitores de tela: são programas que podem ser instalados em microcomputadores ou notebooks, que com voz sintetizada pronunciam o que estiver escrito na tela. Consulte artigo 5 leitores de telas para seu computador para mais informações.
Ampliadores de tela: são programas destinados à usuários com baixa visão, que como o próprio nome diz, faz a ampliação de tudo que é exibido na tela.
Telas móveis: ao serem acopladas no monitor, ampliam tudo que for exibido na tela, semelhante aos ampliadores de tela.

    Para pessoas com baixa visão, que possuem um resíduo visual que lhes permitem aprender a leitura da letra à tinta, as possibilidades se ampliam um pouco mais como:
O aumento do tamanho da letra: para ficar mais compreensível, utilizando como o exemplo a fonte do computador, tamanho 11 e 12, para ambliar, seria a fonte de 22 a 28. Além disso, para alguns, teriam de ter letras mais espessas, para a confortável leitura da pessoa com baixa visão.



Lupas
Para pessoas com baixa visão, existem recursos visuais ampliadores, como:
Lupas lineares ou monoculares: com lentes de aumento para facilitar a leitura.
Telelupas: que se assemelham a um binóculo, com lentes de aumento que permitem a leitura à distância, como o letreiro de um ônibus.

    Como se vê, o que não falta é recurso para a alfabetização do deficiente visual, mas as mais importantes delas são: o conhecimento, o preparo do professor e a disponibilidade dele e dos que administram a educação no nosso país.

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