Secretaria apresenta dicas para Bibliotecas Acessíveis

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    Além da eliminação ou superação das barreiras arquitetônicas conhecidas, envolvendo rampas, elevadores, guarda-corpos, pisos não escorregadios e espaçamento adequado às cadeiras de rodas, neste século XXI as bibliotecas públicas têm a obrigação de se adequar ao desenho universal, ou seja, atender a todas as pessoas, independente de idade, sexo ou eventual deficiência, seja ela física, sensorial ou múltipla.
     É muito comum alguém questionar o que um cego faria em uma biblioteca pública, com milhares de livros em estantes que jamais poderia ler, ou um tetraplégico, que não poderia folheá-los e que ficaria até constrangido se alguém ficasse lendo para ele em voz alta em local onde há maior necessidade do silêncio. O que dizer, então, das pessoas surdocegas, estimadas pela sua principal entidade representativa em aproximadamente quinhentas só no Estado de São Paulo? E os idosos que já não conseguem ler por problemas de visão mas ainda não aceitaram essa condição? E os disléxicos, aqueles com distúrbio na capacidade de leitura ou interpretação de signos escritos? Ou ainda, o que um analfabeto faria em uma biblioteca?
    Enfim, com as atuais tecnologias, todas essas pessoas também podem ser incorporadas ao público das bibliotecas, cabendo aos seus responsáveis procurar o melhor custo-benefício

Recomendamos:
1) Escâner para leitura de livros e publicações em geral, com emissão imediata de voz e possibilidade de gravação em áudio ou em diferentes formatos. Dispõe de OCR (sigla em inglês para reconhecimento de carácter óptico) e quando acoplado ao computador, permite também a ampliação das fontes do texto escaneado. Ideal para pessoas cegas, idosas, disléxicas e até iletradas, que poderão ouvir textos emitidos por voz agradável, com controle de velocidade e recursos como a soletração das palavras, ou ainda daquelas com baixa visão, que poderão ampliar os caracteres na tela do computador.
2) Linha Braile, que consiste em uma régua perfurada por pequenos pinos que, quando levantados, formam um texto em braile a partir da sua conexão ao computador ou ao escâner. Destinada às pessoas que preferem o Braile (cerca de 10% das pessoas cegas) ou surdocegos, que não tem outra opção de leitura além do braile.
3) Software leitor de tela para computador. Permite a audição de todos os textos contidos em formato digital incluindo Internet, arquivos de texto e planilhas, desde que não tenham sido gravados em "formatos fotográficos". Há no mercado até softwares gratuitos, mas sem tantos recursos.
4) Ampliador de Imagem, dispondo de diversos recursos para que uma pessoa com baixa visão possa ler os textos ampliados em tela de computador. Embora com menos recursos específicos, pode ser substituído por escâner com emissão de voz.

Exemplo:

  A Biblioteca de São Paulo - BSP, foi inaugurada em fevereiro de 2010, com um área construída de 4.257 m², projeto do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, é onde funcionava a Penitênciaria do Carandiru, prisão que ficou famosa pela morte de 111 presos em 1992. Oferece uma grande estrutura física, tecnológica e um acervo que engloba literatura nacional e internacional.
    O investimento foi de R$ 12,5 milhões, esse novo espaço cultural é adaptado para pessoas com deficiência e tem o conceito das grandes livrarias para atrair leitores.



    Usuários cegos tem mil títulos de “audiobooks”, equipamento que é capaz de transpor obras literárias convencionais para faixas de áudio ou placas em braille.

    Conta com um acêrvo de 30 mil livros, com programação de cursos e oficinas, voltada também para temas que não estão ligados à literatura. Além de dispor de outras mídias, CDs e DVDs, a biblioteca tem estrutura acessível e preparada para atender pessoas com deficiência. As mesas são reguláveis, e se adaptam a qualquer tamanho de cadeira de rodas, com folheadores automáticos de páginas, para aqueles que perderam os movimentos das mãos, e também computadores adaptados. Possui também computadores, com livre acesso à internet, muitos jogos eletrônicose, e um aparelho Kindle (livro digital) para atrair quem não esta acostumado com a leitura.
    Todo o andar térreo está divido em alas para três faixas etárias: de zero a três anos, de quatro a 11 anos e de 12 a 17 anos. Essas áreas tem poltronas coloridas e pufes que dividem espaço com estantes baixas, projetadas sob medida, nas quais livros, discos e filmes ficam misturados e expostos diretamente ao público.
    Fica próxima ao metrô, com um café para atrair quem passa e conta com umavaranda espaçosa para shows e saraus e um auditório.
    Localizaçaõ: zona norte de São Paulo (SP - Brasil), dentro do Parque da Juventude - Av. Cruzeiro do Sul, 2630 (Santana), Funcionamento: 3ª a 6ª feira, das 9:00 às 21:00hs; sábado, domingo e feriado das 9:00 às 19:00hs. Entrada franca.

"É possível tornar uma biblioteca acessível"


Fonte: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Coordenadoria de Desenvolvimento de Programas


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