Adaptação em treino de para-atletas vai de próteses a relógio de pulso

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Não há uma regra pronta. Os ajustes no treino de cada atleta dependem da deficiência.

   Os para-atletas ainda estão em fase de pré-convocação para os Jogos Parapan-Americanos, mas treinam com todo o pique para o evento esportivo mais importante do continente americano, que acontece entre os dias 19 e 27 de novembro. Mas, ao contrário do que muitos pensam, os treinos dos para-atletas em pouco se difere dos esportistas chamados convencionais.
   Para o coordenador técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Ciro Winckler, a intenção é tornar semelhante o treino de um atleta adaptado ao de qualquer outro atleta, só variando as especificidades das deficiências de cada um. Com isso, os equipamentos utilizados durante as competições, como uma cadeira de roda ou prótese são as diferenças mais notáveis. Mas, também há as especificidades fisiológicas de cada atleta: "um pode pedir acompanhamento cardíaco, outro uma velocidade reduzida", disse Winckler.
   André Luiz de Oliveira, também conhecido como Andrezão, disputa provas de para-atletismo desde 2005. Mas, ele começou nas pistas em 1984, aos 12 anos e, até os 24, competia sem deficiências aparentes. Por causa de um acidente ocorrido durante um treino, o atleta rompeu o nervo do joelho e ficou somente com um ligamento na perna esquerda.
   Classificado na categoria T-44, atletas com lesões abaixo do joelho ou amputados, o treino de Andrezão só se diferencia do que ele tinha antes do acidente, na sala de musculação: os pesos aos quais ele submete a perna esquerda não são iguais aos da perna direita. "No meu caso, como a perna está respondendo mais, fazemos um trabalho específico nela", disse ele.
   No caso de Carlos Farrenberg, para-atleta na natação com baixa visão, as adaptações se limitam a um relógio no pulso quando está dentro da piscina: "não consigo enxergar o relógio que está fora da piscina para ver passagem, então nado com relógio de pulso", disse ele. "Tudo que envolve a preparação é da mesma forma que um atleta qualquer de natação", explicou ele.
   Ele treina seis dias por semana, às vezes pela manhã e noite. Além disso, trabalha como professor de educação física em um clube escolar paraolímpico, em Santos, para crianças e adolescentes.
   A baixa visão, somente 20% do usual, não impediu Carlos de ganhar títulos em diversas competições. Na categoria S-13, o para-atleta coleciona medalhas importantes na sua carreira: quatro ouros e uma prata no Parapan do Rio em 2007, bronze no Mundial em 2010, recordista pan-americano nos 50 m e 100 m, entre outros.
   Assim, não há regra pronta. Para Winckler, os ajustes no treino de cada atleta dependem das deficiências do seu corpo: "alguns atletas vão ter ajustes como próteses e órteses ou até um apoio como um atleta-guia", destacou ele. O técnico ressaltou que, com o esporte, os para-atletas começam a conhecer melhor seus corpos, identificando os limites e as potencialidades.

Fonte: http://esportes.terra.com.br

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