O que acontece no cérebro durante um orgasmo?

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Orgasmos e nervos

Se os nervos não enviassem impulsos de volta à medula espinhal e ao cérebro, um orgasmo não seria possível. Assim como acontece com qualquer outra parte do corpo, os órgãos sexuais possuem diferentes nervos que enviam informações ao cérebro informando-lhe sobre a sensação que está sendo sentida. Isso ajuda a explicar o porquê das sensações serem percebidas de forma diferente, dependendo do local onde a pessoa está sendo tocada.

O orgasmo clitoriano, por exemplo, é diferente do orgasmo vaginal porque vários conjuntos de nervos diferentes são envolvidos.

Todos os órgãos sexuais possuem uma grande quantidade de terminações nervosas (só o clitóris tem mais de oito mil), que são, por sua vez, conectadas a grandes nervos que percorrem o corpo até a medula espinhal. (Uma exceção é o nervo vago, que se desvia da medula espinhal.)

Essas terminações nervosas realizam outras funções no corpo além de suprirem o nervo, e então, retornam ao cérebro durante a estimulação sexual. Conheça os nervos e os órgãos sexuais ao qual correspondem:

nervo hipogástrico - transmite o estímulo sexual do útero e colo do útero, nas mulheres, e da próstata (em inglês), nos homens
nervo pélvico - transmite o estímulo sexual da vagina (em inglês) e colo do útero, nas mulheres, e do reto, em ambos os sexos
nervo pudendo – transmite o estímulo sexual do clitóris, nas mulheres, e do escroto e pênis, nos homens
nervo vago - transmite o estímulo sexual do colo do útero, útero e vagina

O papel do nervo vago nos orgasmos é uma descoberta nova e ainda há muita coisa desconhecida a respeito; até há pouco tempo, os pesquisadores não sabiam que ele passava pela região pélvica.

Como a maioria desses nervos é associada à medula espinhal, seria lógico que -uma pessoa com lesão medular não fosse capaz de ter um orgasmo. E por muito tempo, era isso que as pessoas ouviam. Entretanto, estudos recentes mostram que os pacientes com lesão medular – mesmo as paraplégicas – podem chegar ao orgasmo. Em 2004, o Dr. Barry Komisaruk e a Dra. Beverly Whipple, da Universidade de Rutgers, realizaram um estudo sobre mulheres que sofreram lesões na medula espinhal.

Os especialistas descobriram que elas conseguiam sentir a estimulação do colo do útero e até chegar ao orgasmo, embora o cérebro não pudesse receber de forma alguma as informações do nervo hipogástrico ou pélvico.

Como isso era possível? Uma imagem por ressonância magnética do cérebro revelou que a região correspondente aos sinais do nervo vago estava ativa. E como ele se desvia da medula espinhal, as mulheres ainda conseguiam sentir a estimulação cervical.

Por isso, durante a estimulação sexual e o orgasmo, diferentes áreas do cérebro recebem todas essas informações que dizem exatamente o que está acontecendo – e isso é bastante prazeroso. Mas até há pouco tempo, não tínhamos como saber o que realmente estava acontecendo no cérebro no exato momento do orgasmo. Portanto, veremos a seguir a pesquisa mais recente sobre esse assunto.

Fonte: HSW

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