Estimuladores micro-eletrônicos podem restaurar funções motoras perdidas

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   Projeto do departamento de engenharia biomédica do New Jersey Institute of Technology, nos Estados Unidos, trabalha no desenvolvimento de um estimuladores micro-elétricos que tem por objetivo potencializar o tratamento de indivíduos com danos na medula espinhal.
   O trabalho, que está em seu terceiro ano, resultou no desenvolvimento e na testagem de uma tecnologia conhecida pelo seu acrônimo, FLAMES (floating light activated micro-electrical stimulators, que significa ‘estimuladores micro-elétricos ativados por luz flutuante’). A tecnologia, um dispositivo semi-condutor de pequeno porte, tem potencial para permitir que pessoas com lesões na medula espinhal restaurem algumas das funções motoras que foram perdidas.
   Energizado por um feixe de luz infravermelha, por meio de uma fibra óptica localizada do lado externo da medula espinhal, estes micro-estimuladores são capazes de ativar os nervos na medula espinhal abaixo do ponto de lesão e, assim, permitir o uso dos músculos que estavam paralisados anteriormente.
    “A potência necessária para gerar um movimento limiar do braço foi pesquisada enquanto a fonte de laser foi afastada do micro-estimulador. Os resultados indicam que a densidade de fótons não diminui substancialmente com os deslocamentos horizontais da fonte que estão na mesma ordem que o raio do feixe. Isso dá confiança de que o limiar de estimulação pode não ser muito sensível a pequenos deslocamentos da medula espinhal em relação à fonte de potência óptica montada na coluna”, diz o professor do departamento de engenharia biomédica do New Jersey Institute of Technology e líder do projeto Mesut Sahin.
   O FLAMES é um dispositivo semi-condutor que é controlado de forma remota por uma fibra óptica conectada a um laser de infravermelho próximo de baixa potência. O dispositivo é implantado na medula espinhal e depois permite-se que ele flutue no tecido. Não há fios conectados. O paciente pressiona um botão na unidade externa para ativar o laser e o laser então ativa o dispositivo FLAMES.
   “O único aspecto do projeto é que os estimuladores implantados são muito pequenos, em escala de sub-milímetros. Um benefício essencial é que, como o o dispositivo é sem fio, as conexões não podem deteriorar-se com o tempo e, além disso, o implante causa uma reação mínima no tecido, ao contrário dos dispositivos semelhantes que possuem fios”, observa Sahin.
   A ativação elétrica do sistema nervoso central e periférico foi pesquisada para o tratamento de distúrbios neurais por muitas décadas e vários dispositivos já alcançaram a fase clínica com sucesso, como os implantes cocleares e o tratamento da dor por meio da estimulação da medula espinhal. Outros já estão a caminho, como a micro-estimulação da medula espinhal para restaurar a locomoção, a micro-estimulação do núcleo coclear, do mesencéfalo ou do córtex auditivo para restaurar melhor a audição e a estimulação do córtex visual nos indivíduos cegos. Todos estes dispositivos têm fios, ao contrário do FLAMES, que não os tem.

Fonte: ISaúde

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