Finep oferece crédito não reembolsável para desenvolvimento de tecnologia assistiva
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Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência ligada
ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, abriu chamada pública para
financiar a criação de produtos, serviços e metodologias para melhorar a
qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio de tecnologia assistiva -
como são chamadas as impressoras de braile, próteses, aplicações de softwares
de reconhecimento de voz e as tecnologias dos aparelhos auditivos.
O edital prevê R$ 20 milhões não reembolsáveis para financiamento de
parcerias entre empresas brasileiras e instituições científicas e tecnológicas.
A intenção do governo é estimular inovações para pessoas que tenham
deficiências físicas, de visão, de audição ou problemas associados
(deficiências múltiplas).
Empresas e instituições, com mais de três anos de funcionamento, têm até
o dia 3 de fevereiro para enviar carta de manifestação de interesse por
desenvolver tecnologia assistiva e receber o financiamento. A manifestação deve
ser feita por meio de um link.
A iniciativa da Finep faz parte do programa Viver sem Limite anunciado
pelo governo federal em novembro e antecipado pela Agência
Brasil. Os projetos devem ser executados até 2014. Os resultados deverão
ser divulgados até 10 de julho.
No futuro, mais R$ 10 milhões deverão ser oferecidos a fundo perdido
para tecnologia assistiva. Segundo nota do ministro Aloizio Mercadante, “o
objetivo é promover o desenvolvimento de produtos que contribuam para a
inclusão social, autonomia e independência de pessoas com deficiência, pessoas
idosas e pessoas com mobilidade reduzida”.
Conforme o Censo Demográfico 2010, 14,5% da população brasileira (24,5
milhões de pessoas) possuem algum tipo de deficiência. Desses, mais de 17,7
milhões de pessoas (6,7% da população) têm alguma deficiência considerada
“severa”. Os idosos representam cerca de 8% da população que necessita de
tecnologia assistiva (14,5 milhões de pessoas).
Além do financiamento não reembolsável (R$ 30 milhões no total), a Finep
vai dispor mais R$ 90 milhões para crédito a empresas e outros R$ 30 milhões
para subvenções de inovações. Os recursos são do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que tem mais de 15 fontes entre elas
o Orçamento da União, parcela sobre o valor de royalties sobre
a produção de petróleo ou gás natural, e percentual da receita operacional
líquida de empresas de energia elétrica.
Edição: Rivadavia Severo
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