Mercado de trabalho
Compartilhe
Cerca de
60% das empresas em Ji-Paraná não cumprem a cota de inserção de deficientes no
mercado de trabalho. O levantamento é da Associação de Deficientes Físicos da
Amazônia Legal (Asdefal). São quatro em cada dez empresas. Com base na Lei
8.213 de 24 julho de 1991, empresas com cem ou mais empregados são obrigadas a
reservar de 2% a 5% de suas vagas a deficientes. Mas o relatório também revela
que falta profissionais qualificados, e este é um dos motivos para a sobra de
vagas no mercado.
“Hoje na
Asdefal temos um grande volume de empresas querendo contratar pessoas com
deficiência, mas não temos profissionais. O problema é que elas temem perder o
benefício do governo Federal de R$ 545. Elas não entendem que a partir do
momento que são contratados o beneficio é suspenso, e não cancelado. Quando
saem da empresa voltam a receber o benefício”, explicou Edson Pinheiro,
presidente da Asdefal.
Edson
explica que por alguns deficientes receberem o benefício do governo Federal,
eles não enviam os currículos e nem participam de concurso público. Disse ainda
que 10 empresas já solicitaram profissionais para preenchimentos de vagas, mas,
por enquanto, não a quem enviar.
Dirlei dos
Santos trabalha como auxiliar de serviços gerais na empresa Eucatur, quando
surgiu a oportunidade, não hesitou e logo preparou os documentos e foi
contratado. “Todo mundo falava que era muito difícil conseguir uma vaga no
mercado trabalho. Comigo foi diferente e muito rápido, quando tomei
conhecimento da vaga, preenchi os documentos e logo fui contratado”, disse
Dirlei.
CONTRATAÇÃO
Segundo a
Asdefal a empresa Eucatur é uma das que mais contrata pessoas com deficiência
física, atualmente são mais de 30 profissionais em seu quadro funcional,
oportunidade que garante uma vida digna a muitos trabalhadores. “Nossa
preocupação é de investir na inclusão social de pessoas portadoras de
deficiência e limitações, dando oportunidade de inserção no mercado e promover
a instabilidade social. Estamos investindo em curso de linguagem brasileira de
sinais com objetivo de desenvolver a autonomia de comunicação com surdos e
quebrar barreiras e preconceitos em relação à pessoa com deficiência” orientou
Kiara Ventorin, gerente de recursos humanos.
AUXILIAR
Janaina
Trindade há três anos trabalha como auxiliar de escritório na empresa Eucatur,
sua deficiência não foi obstáculo para conquistar seu espaço. “No início tinha
um pouco de receio, mas aos poucos fui obtendo confiança em meu trabalho e
desempenhando minhas funções, hoje tenho mais segurança. Aqui fiz novas
amizades, sem falar na minha autoestima, que melhorou bastante, depois que
comecei a trabalhar”, comemorou Janaina.
Das
empresas da cidade, 40% cumpriram a cota de contratação de pessoas com
deficiência física.
Fonte:
Diário da Amazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário é muito importante para nós.