Curitiba: PMs testam acessibilidade vendados e em cadeiras de rodas
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| É, não é fácil! |
Em
cadeiras de rodas, vendados e com as mãos imobilizadas, bombeiros e policiais
militares vivenciaram na prática as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelas
pessoas com deficiência. A iniciativa inédita é da Secretaria Municipal da
Pessoa com Deficiência de Curitiba e foi realizada nesta quinta-feira (26), no
quartel-geral da Polícia Militar do Paraná, com a participação de 60 militares.
O
curso iniciou na quinta-feira com a parte teórica. A parte prática do curso foi
dividida em três grupos: comunicacional, instrumental e arquitetônica, na qual
os participantes tiveram que vencer obstáculos com cadeiras de rodas. Nessa
vivência, os policiais também jogaram futebol, mas com os olhos vendados. A
única orientação era o som da bola.
Para
o aspirante Gleicon, do Corpo de Bombeiros, a experiência foi diferente. “Os
deficientes visuais possuem alguns sentidos mais aguçados, como a noção de
espaço”, disse ele. “Eu fiquei totalmente perdido na quadra. Foi uma
experiência muito válida”, disse.
No
circuito “Slalon”, o grupo teve que vencer os obstáculos com os integrantes
sentados em cadeiras de rodas e segurando uma garrafa de água com as pernas. “A
dinâmica foi mais difícil do que eu pensava”, comentou o aspirante, Ribas,
também dos Bombeiros. “Tive dificuldade com a coordenação. Além disso, achei
bastante difícil passar os obstáculos”, contou.
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Mãos
mobilizadas para experimentar as dificuldades
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Já
o tenente PM Andriola, logo após finalizar a vivência instrumental, disse que
percebeu “o quanto é complicado depender de outras pessoas para executar
tarefas simples”, como a da dinâmica. Dividido em dois grupos e com as mãos
mobilizadas, eles tiveram que enfileirar as peças de um dominó.
Para
a tenente PM Elizabete, participar da dinâmica foi bastante interessante. “Para
nós que temos o movimento das mãos, a dinâmica possibilitou perceber o grau de
dificuldade em realizar simples atividades”. “A dinâmica tem o objetivo de
fazer com que as pessoas percebam e valorizem os simples movimentos, como o da
pinça [dedos]”, explica a assessora da Secretaria da Pessoa com Deficiência,
Denise.
“Por
mais que tenha me esforçado, não consegui me fazer entender. Fiz o melhor que
pude”, disse o 1º tenente Belache, sobre a dinâmica de não poder usar a voz
para se comunicar, somente gestos. A Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) é
a maneira mais utilizada pelos surdos para se comunicarem.
Experiência
– Os 60 policiais militares e bombeiros que participaram do curso promovido
pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que teve início na
quarta-feira (25/04) com a palestra “Conhecendo e Aprendendo”, tiveram a
oportunidade de participar das três vivências.
“Através
da vivência as pessoas passam a compreender as dificuldades enfrentadas pelas
pessoas com deficiência”, destaca o secretário Irajá de Brito Vaz.
Conceitos
a respeito das diversas dimensões da acessibilidade e suas características,
como mobilidade, amputações, audição, visão, lesões musculares, paralisia
cerebral e baixo funcionamento cerebral também foram repassados aos policiais
militares.


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