Melhor jogador de futebol de cinco do mundo sonha com carteira assinada
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"Penso que estabilidade mesmo só teremos
quando tivermos a carteira de trabalho assinada", avalia o jogador que já
levou duas medalhas em Paralimpíadas. Segundo ele, os jogadores de futebol
cegos e outros esportistas com deficiência ainda são considerados amadores,
apesar de viverem para suas respectivas modalidades.
Mas isto não impede Jefinho de estar otimista
quanto ao aumento do apoio aos atletas com deficiência. "Desde que
ganhamos a primeira medalha paraolímpica a coisa evoluiu bastante. Hoje temos
onde treinar e apoio institucional de algumas empresas", avalia.
Um dos fatores que vem tornando a vida dos atletas
com deficiência um pouco mais fácil é o auxílio governamental chamado Bolsa
Atleta. "A bolsa ajuda muito no surgimento de novos atletas. Tem um monte
de menino que está interessado e com esta ajuda é mais fácil começar. Antes
tirávamos muito do nosso bolso", afirma o jogador. Jefinho se diz contente
com o fato de muitas crianças cegas o terem como exemplo e estipularem metas
com o esporte.
Para ele, a política de apoio aos atletas deve ser
mantida mesmo passados os grandes eventos esportivos no Brasil. "Muita
gente acha que vai acabar depois da Olimpíada e da Copa. Mas eu sou otimista.
Acho que vai continuar. Se não, vai ficar difícil para muita gente."
Uma das alternativas para o apoio ao paraesporte
seria os clubes passarem a investir nas modalidades. "Eu acho que os
clubes deveriam investir em atletas paralímpicos. Temos dito isso aqui na
Bahia, mas ainda não há este apoio das instituições. Não diga apenas para o
futebol de cinco, mas também em outras modalidades. Nesta questão deveria
melhorar e temos muito a crescer."
Jefinho diz que ele e sua equipe estão treinando
muito no momento para trazer a terceira medalha no futebol de cinco ao Brasil.
"Será um fato inédito", conclui.
Fonte: Terra
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