Pouco interesse dos empresários dificulta a contratação de deficientes auditivos
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De todas as deficiências, os que
sofrem com a surdez são os que têm maiores dificuldades para serem inseridos no
mercado de trabalho - demonstrando a falta de preparo de algumas empresas em
recebê-los e a ausência de qualificação profissional de quem almeja não ficar
parado.
Apesar de a legislação estabelecer a
contratação de pessoas com deficiências por empresas com mais de cem
funcionários, na prática isso não funciona exatamente como é estabelecido -
situação vivida por muitos deficientes auditivos. A ausência da audição pode
colocar o candidato em apuros na hora de conseguir um emprego. De todas as
deficiências, os que sofrem com a surdez são os que têm maiores dificuldades
para serem inseridos no mercado de trabalho - demonstrando a falta de preparo
de algumas empresas em recebê-los e a ausência de qualificação profissional de
quem almeja não ficar parado. Para um dos coordenadores de capacitação
profissional da Avape (Associação para Valorização de
Pessoas com Deficiência),de Resende (RJ)
,Cristiano Nogueira, as organizações empresariais não estão preparadas
para receber qualquer tipo de deficiente. "A maioria das empresas precisa
se preparar melhor para receber este tipo de mão de obra. Algumas empresas de
Resende - como o Hipermercado Spani, Votorantim e a Riachuelo - já chegaram a
fazer parcerias com a Avape, inserindo em seus quadros de funcionários alguns
alunos capacitados", relatou. De acordo com a pedagoga do curso de Libras
(Língua Brasileira de Sinais) na Igreja Nossa Senhora das Graças - e
ex-coordenadora pedagógica da Escola Municipal Marlene Mendes, que até 2010
funcionou como escola para deficientes auditivos -, Maria de Lurdes, a Malú, a
maior dificuldade ocorre na hora da avaliação para ser contratado.
"Ele vai ter que passar por uma avaliação em língua portuguesa, mas, como ele não tem muita afinidade, acaba encontrando uma barreira. Outra dificuldade diz respeito à escolaridade, pois a maioria das empresas exige Segundo Grau completo, que muitos não possuem. Algumas companhias como a Peugeot, Votorantim e Volkswagen costumam contratar intérpretes de Libras para fazer entrevistas com os deficientes auditivos para melhor avaliá-los", disse ela.
Capacitação em Barra Mansa
Criada há 17 anos com o objetivo de preparar as pessoas com deficiência para o mercado de trabalho, a Oficina Profissionalizante Professor Didi Coutinho - que faz parte do Ceat (Centro municipal de Atendimento Educacional Especializado) - oferece cursos de costura, reciclagem, cozinha, artesanato, customização, jardinagem e artes para pessoas acima de 17 anos que queiram uma nova oportunidade de trabalho. Localizada no bairro Estamparia, é mantida pela prefeitura e é direcionada para todo tipo de deficiência.
De acordo com a professora Carmen Roque, responsável pela oficina, atualmente 48 deficientes estão sendo capacitados, sendo aproveitados em empresas cadastradas como a usina de reciclagem Valeplast, a Hotos Produtos Hospitalares e um supermercado no bairro Santa Clara.
"A grande maioria dos deficientes auditivos sabe ler e escrever, e através dos sinais um leigo, com boa vontade, consegue entendê-los", afirmou.
Na opinião da orientadora educacional do Ceat, Eliane Max Pinto, responsável pelos alunos com deficiência auditiva, todo deficiente encontra dificuldade para ser inserido no mercado de trabalho, além de faltar um pouco de sensibilidade e boa vontade por parte dos empregadores. Na maioria das vezes a escolaridade exigida e o tempo de experiência na função acabam se tornando obstáculos.
"O empresário tem que dar mais oportunidades e ter mais sensibilidade na hora de contratar, muitas empresas não querem um surdo e sim um deficiente auditivo leve, como também não querem um cadeirante", declarou.
Parceria
A prefeitura de Resende tem realizado desde o ano passado uma parceria com o grupo Votorantim, onde são capacitadas pessoas a partir dos 15 anos.
De acordo com a pedagoga Zuleica de Souza Florentina, coordenadora do programa Gente Eficiente, da Secretaria de Superintendência de Eventos, os cursos têm a duração de seis meses e estão direcionados para qualquer tipo de deficiência. São oferecidas aulas de secretariado, auxiliar administrativo e informática.
"A capacitação fica a cargo da prefeitura, e a Votorantim entra com o recurso financeiro. Na segunda quinzena de maio já está previsto o início de uma nova turma com 80 vagas", adiantou.
Zuleica afirma que tanto a prefeitura quanto a Votorantim aproveitam alguns alunos dos cursos, mas é criada durante a capacitação uma rede de empregabilidade com as empresas da região, que aproveitam alguns estudantes.
"Ele vai ter que passar por uma avaliação em língua portuguesa, mas, como ele não tem muita afinidade, acaba encontrando uma barreira. Outra dificuldade diz respeito à escolaridade, pois a maioria das empresas exige Segundo Grau completo, que muitos não possuem. Algumas companhias como a Peugeot, Votorantim e Volkswagen costumam contratar intérpretes de Libras para fazer entrevistas com os deficientes auditivos para melhor avaliá-los", disse ela.
Capacitação em Barra Mansa
Criada há 17 anos com o objetivo de preparar as pessoas com deficiência para o mercado de trabalho, a Oficina Profissionalizante Professor Didi Coutinho - que faz parte do Ceat (Centro municipal de Atendimento Educacional Especializado) - oferece cursos de costura, reciclagem, cozinha, artesanato, customização, jardinagem e artes para pessoas acima de 17 anos que queiram uma nova oportunidade de trabalho. Localizada no bairro Estamparia, é mantida pela prefeitura e é direcionada para todo tipo de deficiência.
De acordo com a professora Carmen Roque, responsável pela oficina, atualmente 48 deficientes estão sendo capacitados, sendo aproveitados em empresas cadastradas como a usina de reciclagem Valeplast, a Hotos Produtos Hospitalares e um supermercado no bairro Santa Clara.
"A grande maioria dos deficientes auditivos sabe ler e escrever, e através dos sinais um leigo, com boa vontade, consegue entendê-los", afirmou.
Na opinião da orientadora educacional do Ceat, Eliane Max Pinto, responsável pelos alunos com deficiência auditiva, todo deficiente encontra dificuldade para ser inserido no mercado de trabalho, além de faltar um pouco de sensibilidade e boa vontade por parte dos empregadores. Na maioria das vezes a escolaridade exigida e o tempo de experiência na função acabam se tornando obstáculos.
"O empresário tem que dar mais oportunidades e ter mais sensibilidade na hora de contratar, muitas empresas não querem um surdo e sim um deficiente auditivo leve, como também não querem um cadeirante", declarou.
Parceria
A prefeitura de Resende tem realizado desde o ano passado uma parceria com o grupo Votorantim, onde são capacitadas pessoas a partir dos 15 anos.
De acordo com a pedagoga Zuleica de Souza Florentina, coordenadora do programa Gente Eficiente, da Secretaria de Superintendência de Eventos, os cursos têm a duração de seis meses e estão direcionados para qualquer tipo de deficiência. São oferecidas aulas de secretariado, auxiliar administrativo e informática.
"A capacitação fica a cargo da prefeitura, e a Votorantim entra com o recurso financeiro. Na segunda quinzena de maio já está previsto o início de uma nova turma com 80 vagas", adiantou.
Zuleica afirma que tanto a prefeitura quanto a Votorantim aproveitam alguns alunos dos cursos, mas é criada durante a capacitação uma rede de empregabilidade com as empresas da região, que aproveitam alguns estudantes.
Capacitação pelo Senai na região
A preocupação com a inclusão do deficiente físico no mercado de trabalho - e em especial do deficiente auditivo - resultou em um trabalho de qualificação profissional desenvolvido pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) . Todas as turmas que possuem alunos com deficiência auditiva têm o acompanhamento de um profissional de Libras, nas aulas teóricas e práticas.
Este trabalho acontece de diferentes maneiras nas unidades da região: em Resende, o Senai local tem turmas exclusivas de deficientes auditivos, possuindo parceria com a Michelin. Neste caso, todos os alunos da turma são contratados pela empresa.
Na unidade de Barra Mansa os deficientes auditivos e visuais estudam em turmas com alunos sem deficiência. Nesta unidade eles podem ser contratados pela Votorantim após o término do curso. Há unidades, ainda, em Barra do Piraí e Volta Redonda.
Fonte: http://diariodovale.uol.com.br
A preocupação com a inclusão do deficiente físico no mercado de trabalho - e em especial do deficiente auditivo - resultou em um trabalho de qualificação profissional desenvolvido pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) . Todas as turmas que possuem alunos com deficiência auditiva têm o acompanhamento de um profissional de Libras, nas aulas teóricas e práticas.
Este trabalho acontece de diferentes maneiras nas unidades da região: em Resende, o Senai local tem turmas exclusivas de deficientes auditivos, possuindo parceria com a Michelin. Neste caso, todos os alunos da turma são contratados pela empresa.
Na unidade de Barra Mansa os deficientes auditivos e visuais estudam em turmas com alunos sem deficiência. Nesta unidade eles podem ser contratados pela Votorantim após o término do curso. Há unidades, ainda, em Barra do Piraí e Volta Redonda.
Fonte: http://diariodovale.uol.com.br

ola bem boa noite tudo ben
ResponderExcluireu sou surdo sim
eu quero como surdo pedagio
eu tenho carros
gamil: marcelo-life@live.com add