Deficiência tem prevenção?
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Essa ideia é muito palpável para mim e,
infelizmente, eu encontrei dados relacionados apenas à deficiência física. Não
posso afirmar se dentre os quadros adquiridos, as limitações motoras são as
mais frequentes, mas, deveriam ser pelo menos, as que mais preocupam. Entenda
porque:
Casos de invalidez permanente entre
trabalhadores vítimas de acidentes de trânsito se multiplicaram por quase cinco
entre 2005 e 2010, passando de 31 mil para 152 mil por ano.
Nos primeiros nove meses de 2011, houve novo
aumento de 52%, para 166 mil, segundo números do DPVAT, seguro obrigatório pago
por proprietários de automóveis. Os dados revelam que a maioria dos acidentados
(mais de 70% dos casos em 2011) usava moto e está em plena idade economicamente
ativa, entre 18 e 44 anos.
O quadro preocupa a Previdência Social, que teme
ter de arcar com os custos de uma geração de jovens aposentados por
incapacidade. Projeções apontam que o INSS gastou R$ 8,6 bilhões com benefícios
gerados por acidentes de trânsito. A cifra representa 3,1% de todas as despesas
previdenciárias.
Essa notícia me fez lembrar de um dos primeiros
textos que escrevi aqui no blog. Em maio de 2010 eu entrevistei o Rodrigo
Board, um rapaz que no início dos seus 20 anos sofreu um acidente de trânsito e
perdeu a movimentação das pernas. Rodrigo trabalhava como motoboy e estava
redescobrindo suas possibilidades nessa nova condição.
O Rodrigo é um exemplo emblemático em um grupo
que não para de crescer. Colocar a deficiência adquirida na roda de conversa
não é só uma questão de prevenção. É a chance que nós temos de olharmos para
uma pessoa com deficiência e abandonarmos o posicionamento de pena, de assistencialismo,
ou de medo. É assumirmos que a deficiência está mais próxima do que imaginamos
e que qualquer um de nós pode estar nessa condição amanhã.
Para entender mais sobre como essa postura pode
mudar a sua visão sobre inclusão, leia a entrevista com Rodrigo Board, no texto Narração interrompida. Clique aqui.
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