IBGE: 46% das pessoas com deficiência recebem até 1 salário
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Já entre a
população sem qualquer deficiência, essa era a realidade de 37,1%, o que indica
uma diferença de mais de 9 pontos percentuais entre os dois grupos.

Segundo a
coordenadora do Comitê do Censo Demográfico do IBGE, Andréa Borges, o
levantamento aponta que para corrigir essas distorções são necessárias
políticas públicas mais fortes que incentivem essa parcela da população a
aumentar seu grau de instrução, o que interfere diretamente nos níveis de
rendimento.
"Os dados
revelam que a maioria das pessoas que têm deficiência está concentrada em
níveis de instrução e de rendimento muito baixos. Já existem políticas públicas
nesse sentido, mas elas podem ser melhoradas para que haja maior incentivo para
que essa parcela de brasileiros não pare de estudar ao concluir o ensino
fundamental, mas que vá adiante. Enquanto 10,4% dos que não têm deficiência tem
(ensino) superior completo, apenas 6,7% das pessoas com deficiência estão nesse
patamar", ressaltou.
A situação é mais
complicada para quem possui deficiência intelectual ou motora.
De acordo com o levantamento, o maior percentual (cerca de 28%) tem renda entre
meio e um salário mínimo. Além disso, o percentual de pessoas economicamente
ativas com 10 ou mais anos é menor para deficientes mentais: 22% para homens e
16% para mulheres.
Entre os deficientes
visuais, 63,7% dos homens 43,9% das mulheres têm vida economicamente ativa.
A mesma diferença foi verificada pelo IBGE no nível de ocupação, que ficou em
17,4% para pessoas com deficiência intelectual e 48,4% para pessoas com
deficiência visual. As pessoas com deficiência visual ou auditiva também
ganham mais, concentrando-se na faixa de ganhos de um a dois salários mínimos,
29% e 28,4%, respectivamente.
O levantamento
aponta ainda que, em 2010, a população ocupada com pelo uma das deficiências
investigadas representava 23,6% (20,3 milhões) do total ocupado (86,3 milhões)
no País. Além disso, mais da metade (53,8%) dos 44 milhões de pessoas com
deficiência em idade ativa (10 anos ou mais) estava desocupada ou não era
economicamente ativa.
Em relação ao total
da população desocupada ou não economicamente ativa, que somava 75,6 milhões em
2010, as pessoas com deficiência representavam 31,3%. O documento constatou
também que a maioria das pessoas com deficiência ocupadas era empregada com
carteira assinada (40,2%), uma diferença de 9 pontos percentuais em relação à
população sem nenhuma das deficiências investigadas (49,2%).
Com informações da
Agência Brasil.
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