Comissão da Câmara faz audiência pública sobre acessibilidade no turismo
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Olá queridos leitores! Nesta quarta-feira (08/05) realizei um sonho. Fui pela primeira vez à Câmara dos Deputados participar da audiência pública de
avaliação das condições de acessibilidade no Brasil, realizada pela Comissão de Turismo e
Desporto, por seu Presidente, o Deputado Romário, e a Frente Parlamentar do
Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência
(FrentePcD), por sua Presidenta, a Deputada Rosinha da Adefal.
Tive o prazer de conhecer pessoalmente Ricardo Shimosakai, Scott Rains e Rosinha da Adefal, pessoas que admiro muito e fazem muito pelo Brasil.
Foi emocionante e muito importante este evento para melhorarmos a acessibilidade para que as pessoas com deficiência possam viajar com tranquilidade e segurança.
Obrigada a todos pelo carinho!
Segue abaixo uma matéria do site Jornal do Brasil que diz como foi o evento:
O direito ao lazer e a
acessibilidade no turismo foi o tema de debate hoje (7) na Comissão de Turismo
e Desporto da Câmara. A audiência pública teve como objetivo analisar o
andamento das obras e das melhorias do acesso a estádios, hotéis e transportes
para pessoas com deficiência na Copa das Confederações, Copa do Mundo e
Olimpíadas, que o Brasil vai sediar.
Segundo a representante
da Society for Acessible Travel & Hospitality (SATH), Janaki Nayar a
norma da ABNT 9050 garante que hotéis devem ter 5% dos quartos adaptados para
receber pessoas com deficiências. Entretanto o Brasil precisa fazer muitas
adaptações em hotéis. “A hotelaria não está se prontificando a receber essas
pessoas. A pessoa com deficiência não fica em casa, então é uma renda que os
hotéis estão deixando de ganhar por não facilitar a viagem deles. Quando eles
não fazem é uma oportunidade desperdiçada. O deficiente também quer conforto e
qualidade em hospedagem”.
Para Janaki outro ponto
negativo é treinamento de pessoal. “O que vejo, não só aqui no Brasil, é que as
pessoas não estão preparadas para atender um cego, um surdo ou um cadeirante.
Eu já vi garçons disserem que não vão atender tão mesa porque não vai entender
o que o cliente vai pedi e isto é falta de treinamento”. Ela ressalta que é
importante o treinamento com pessoas qualificadas.
Ricardo Shimosakai,
consultor em Acessibilidade e Turismo Adaptado disse que no Brasil há muito que
melhorar para os grandes eventos. “A questão do turismo acessível no Brasil é
muito falha. A informação é um tema muito importante a ser trabalhada.
Informação do empresário a saber o que realmente deve ser feito e o que não
fazer e também da pessoas com deficiência a saber quais são as oportunidades
que ela pode usufruir.”
Para Shimosakai o
investimento maior está sendo em estádios. “Muito se ouviu falar em obras de
estádios, mas a Copa não é só estádio, é mais do que isto: é transporte, é
hotelaria, é todo uma rede de serviços. A Copa tem sido focada muito em
estádios e o resto não tem sido trabalhado”.
Segundo o
coordenador-geral de Segmentação do Ministério do Turismo, Wilken José Souto
Oliveira, o programa Turismo Acessível tem metas para 2013 e 2014 que vão
atender às necessidades do deficiente, promover a inclusão social e o acesso de
pessoas com deficiências às atividades turísticas. “É um grande desafio,
estamos no início e o nosso maior desafio é a disseminação de conhecimento
sobre a sensibilização. A ideia é que comece agora um grande movimento [em prol
da] acessibilidade no turismo”.
Fonte: Jornal
do Brasil
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