Programa de acessibilidade na cultura é firmado entre Secretarias

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O investimento de R$ 2 milhões viabilizará a implantação de recursos de acessibilidades em produtos culturais.



Na manhã desta quarta-feira, 24 de abril, foi anunciado o Programa Estadual de Acessibilidade na Cultura, durante o I Seminário sobre Cultura e Acessibilidade, que aconteceu em São Paulo nos dias 23 e 24 de abril.

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, anunciaram investimento no valor de R$ 2 milhões para estimular a adoção de recursos de acessibilidade em produtos culturais no Estado de São Paulo.

Durante o anúncio estiveram presentes os Secretários das Pastas, Dra. Linamara Rizzo Battistella e Marcelo Mattos Araújo, além da Deputada Estadual Célia Leão e convidados.

O Secretário da Cultura falou sobre a importância de se fazer valer os direitos de todos os cidadãos. “Esse Programa vem mostrar que não precisamos apenas de rampas para tornar um local acessível. Precisamos permitir que o acesso aos conteúdos dos bens culturais seja pleno para que a inclusão da pessoa com deficiência seja de fato exercida”.

A Secretária de Estado Dra. Linamara falou sobre o Programa e sobre a importância do tema. “Nós estamos buscando que a cultura chegue para todos, que a cultura reforce os laços, os vínculos que cada um de nós temos com nossa história, com nosso jeito de ser, por isso é tão importante o dia de hoje para nós”.

Dra. Linamara continuou: “o espaço da cultura é absolutamente necessário para solidificar os direitos de todos os humanos. Educação é importante e a gente não abre mão, assim como a saúde, mas é a cultura que constrói a cidadania, é ela que faz com que cada um de nós reveja nossa história, nossos laços e olhe para o futuro”.

A Secretária ainda ressaltou a relevância do Programa dando um exemplo de leitores cegos e videntes. “Foi constatado por estudos que a diferença entre o número de livros lidos pelo cego e pelo vidente é impressionante: 0,9 livro por habitante vidente (menos de um livro) e 9,2 livros por habitante cego. Os cegos leem mais do que os videntes, portanto, estamos falando de um público que anseia por cultura, por entretenimento”.

Em um exemplo particular, a Secretária citou que foi a uma peça teatral, a convite do secretário Marcelo, e que estava com dificuldades de entender o enredo. Experimentou utilizar o recurso de audiodescrição, disponível naquele espaço, e um mundo novo se descortinou para ela, a peça ficou absolutamente clara e compreensível. “Os recursos de acessibilidade oferecidos às pessoas com deficiência são para a cidadania e inclusão social de todas as pessoas”.

Dra. Linamara agradeceu ao Secretário da Cultura e enfatizou que “o dia de hoje tem uma marca importantíssima para a nossa Secretaria, mas não é novidade para o trabalho e a trajetória do Marcelo, ele já tinha a dimensão de como é preciso garantir a cultura para todos os públicos. Hoje tenho uma grande satisfação de compartilhar com vocês essas experiências, essas novidades e a possibilidade de financiamento”.

Ela destacou, ainda, a importância do Estado de São Paulo para a inclusão das pessoas com deficiência, que reflete na inclusão de todas as pessoas. “São Paulo tem iluminado o caminho do Brasil na busca por espaços culturais diferenciados, a arte que emana deste estado realmente acende uma tocha de esperança na produção cultural de todo o país”.

Do total investido, R$ 1,2 milhão do orçamento da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência será repassado para a Secretaria da Cultura a fim de possibilitar a adaptação de espetáculos nos seguintes locais: Teatro Sérgio Cardoso, Theatro São Pedro e Teatro de Araras, Festival Paulista de Circo, bem como a adaptação de produções da São Paulo Companhia de Dança e do programa Ópera Curta.

Dentro deste valor, ainda está incluído o lançamento de editais específicos do ProAC – o Programa de Incentivo à cultura do Estado – que apoiará financeiramente iniciativas independentes que busquem promover a acessibilidade a bens culturais.

Os R$ 800 mil restantes serão para investimento em convênios com bibliotecas municipais para possibilitar a compra de equipamentos e livros acessíveis que promovam a inclusão das pessoas com deficiência nesses espaços.

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