Bicicletas Adaptadas: vento no rosto com sensação de liberdade !!!
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Incentivo, atenção e perspicácia. Três palavras que usadas
individualmente não apresentam tanto efeito assim, mas quando anexas a um
objetivo têm o poder de propiciar intensas sensações traduzidas em ações
rotineiras. A adaptação de bicicletas para pessoas com deficiência, feita pela
ONG Embrião, em Alvorada/RS, permitiu que a criatividade, junto à prática
sustentável, trouxesse novas experiências àqueles que tanto os motivaram.
A ONG, em parceria com a Escola Estadual Salgado Filho,
também do Rio Grande do Sul, confeccionou dois tipos de bicicleta com adaptações
específicas para cegos, cadeirantes e muletantes. Com pouco, se fez muito:
através do recebimento de materiais e peças doadas, pedaços de ferro,
cantoneiras e soldas, a entidade ergueu os modelos que permitem passeios sem
restrições para pessoas com vários tipos de deficiências diferentes.
O tipo destinado a pessoas com deficiências visuais, ou com
baixa visão, tem em sua estrutura duas bicicletas interligadas, que permitem,
assim, que as voltas sejam guiadas por um vidente. O modelo foi apelidado de
ODKV (o de cá vê), um jeito descontraído de brincar com o ciclista que, através
do acompanhante, pode enxergar o trajeto. Já a outra adaptação, direcionada a
cadeirantes, pessoas que se utilizam de muletas e com outros tipos de
deficiências físicas, ocorre acerca dos guidões. A força necessária para
locomoção, que acontece tradicionalmente nos pedais, é remetida para cima, no
guidão, possibilitando que os movimentos sejam feitos pelas mãos ao invés dos
pés. Ambos os tipos se adéquam ao tamanho e deficiência do condutor, ou
conduzido, e são produzidos individualmente. A “ODKV” tem modelos pequenos e
grandes, com aros de 20” a 26”. E uma outra, individual, que é específica para
quem se locomove sem a necessidade do uso dos membros inferiores. Para a fabricação
desse modelo, que tem características específicas para cada usuário, a ONG
possui um protótipo que é utilizado para tirar as medidas e verificar as
necessidades de cada condutor, antes da confecção da sua bicicleta.
A ideia surgiu devido ao incentivo dado pelos alunos do
Projeto EducaAção EcoLógica, realizado em Alvorada/RS e na região metropolitana
de Porto Alegre/RS, com intuito de repassar a educação ambiental para crianças
e adolescentes utilizando jogos de xadrez como ferramenta de trabalho lúdico.
Paralelamente, a ONG apoia e organiza diversos passeios ciclísticos pela
cidade, o que levou os estudantes, entre os quais 12 são com deficiências
visuais, a motivar a criação de uma bicicleta compatível às suas necessidades
para que também pudessem participar dos percursos feitos. Atualmente, segundo o
Coordenador de Projetos da Embrião, Josué Aguiar, há 40 pessoas participantes
desse cenário, dentre cegos e PcD físicas. A equipe disponibiliza a produção
das bikes adaptadas gratuitamente às pessoas com deficiência sem condições
financeiras, quando recebem apoio para confecção. Para os interessados que
podem pagar pelas bicicletas é necessário um agendamento prévio para avaliação
de cada caso.
Na última quinzena do mês de março, com o trabalho já pronto
e posto em prática, a ONG realizou alguns testes com as bicicletas adaptadas no
centro de Porto Alegre. Para Josué, há um ponto especial: “a grande vantagem é
que não é necessário saber andar de bicicleta, pois elas são seguras”. De
acordo com o Coordenador, há também muitas solicitações de outras cidades para
disseminar os modelos, contudo, devido aos altos custos de locomoção e
aquisição de materiais não é possível atender toda a demanda. Dentre tantos
pedidos, um foi feito pela ADEVISE - Associação dos Deficientes Visuais em
Sergipe. Para eles, o grupo enviou o método explicativo – know how – sobre como
confeccionar as bikes adaptadas.
A entidade gaúcha foi fundada em 2000 e realiza parcerias
com outras instituições e organizações para promover a conscientização e
inclusão social por meio de seus projetos pedagógicos, preservando, também, o
meio ambiente. “O foco ambiental é a utilização da bicicleta como meio de
transporte do futuro”, completou Josué.
Fonte: Revista Reação
qual o endereço desta ong?
ResponderExcluirOlá Raicorina, td bem?
ExcluirO endereço é:
R. Jaguari, 515 Alvorada - RS, 94824-210
Telefones:(51)3483-2914 ou (51)9986-7734
E-mails: ongembriao@gmail.com ou ongembriao2010@gmail.com
http://ongembriao.blogspot.com.br/
Legal demais! E acho que seria bom se conseguisse unir com uma bike elétrica.
ResponderExcluirSeria muito bom msm. Ótima dica.
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