Crianças com deficiência são das pessoas mais marginalizadas no mundo
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Relatório Mundial sobre
situação das Crianças lança os holofotes sobre um grupo populacional mantido à
sombra pela descriminação e injustiça social.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância anunciou que as
crianças deficientes fazem parte da maioria de pessoas mais marginalizadas no
mundo.
No seu relatório anual sobre
o Estado das Crianças no Mundo, a UNICEF adianta que acabar com as
descriminações contra crianças deficientes e treina-las com base nas suas
incapacidades deverá beneficiar essas crianças assim como a sociedade no seu
todo.
O relatório apresenta um quadro cruel sobre a descriminação
e o estigma sofridos por dezenas de milhões de crianças deficientes em todas as
regiões do mundo. Existem poucos dados sobre essas crianças, e por isso a
magnitude do problema é desconhecido.
Todavia, e de acordo com uma estimativa mais abrangente,
cerca de 93 milhões de crianças ou seja uma em cada vinte crianças dos 0 aos 14
anos, vive com deficiência moderada ou profunda. A UNICEF reconhece que a
situação dessas crianças é ainda pior nos países pobres, e sofrem de
descriminação, estigma e marginalização tanto nos países pobres como ricos.
Paula Hunt, consultora do Programa Educação Inclusiva da
UNICEF disse a Voz da América que as pessoas com deficiência procuram ser
invisíveis nas sociedades. Ela adianta que muitas crianças deficientes não são
registadas ao nascimento o que lhes impede do acesso aos serviços sociais e
proteções legais, que são cruciais para a sua sobrevivência e panorama.
“Há países em que ter uma criança deficiente é considerada
como má sorte, não apenas para a criança, mas para toda a família. Crianças
deficientes são potencialmente afastadas da escola porque são vistas como
incapazes em aprender. Elas as vezes não têm amigos…E por isso, as crianças
deficientes as vezes perdem em todos os aspectos da vida social.”
O relatório da UNICEF reporta que as crianças deficientes
são das mais vulneráveis a violência, abusos, exploração e negligência particularmente se forem mantidas fora do contato com o exterior ou ser forem
colocadas em instituições especializadas. O relatório realça 17 estudos de
países de altos rendimentos em que as crianças com deficiências são três a
quatro vezes mais expostas a serem vítimas de violência.
O documento advoga que as sociedades podem ganhar mais
com a inclusão dessas crianças em vez de as excluir, explorando as suas
capacidades do que as suas incapacidades. Por exemplo, fazendo da educação um
sector mais inclusivo para as crianças de todos os horizontes, dando-lhes
oportunidades negadas as crianças deficientes.
O relatório apela ainda aos governos a ratificar e
implementar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e a
Convenção dos Direitos das Crianças. O mesmo pede ainda aos governos para
apoiar famílias de forma a poderem fazer face aos altos custos dos cuidados as
crianças deficiências, assim como apela para medidas de luta contra a
descriminação de deficientes.
O relatório Estado da Criança no Mundo tem como referencia
a taxa de mortalidade infantil de crianças com menos de 5 anos, para demonstrar
o progresso do bem-estar das crianças. O mesmo demonstra que em 1970, 16,9
milhões de crianças com menos de 5 anos morriam todos os anos, enquanto que em
2011, esse valor era de 6,9 milhões e cerca de metade na África Subsaariana.
Fontes: Mundo Português - http://tetraplegicos.blogspot.com.br/
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