Mãe ajuda mulher de Piracicaba com deficiência visual a 'enxergar' marido
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Casal com deficiência visual se conheceu em igreja em Piracicaba (Foto: Leon Botão/G1) |
Casados há 9 anos, eles tem uma filha de 7, e afirmam que o
Dia dos Namorados, comemorado nesta quarta-feira (12), não pode deixar de ser
festejado. A data para o casal é tão importante como o aniversário de
casamento.
Vitor e Andreia frequentavam a mesma igreja, no Lar
Franciscano de Menores. Amigos de ambos queriam que eles se conhecessem. “A
gente sabia que o outro existia, mas nunca tínhamos nos visto”, brincou o
advogado.
Mas o casal só foi se conhecer em uma excursão com a
igreja, onde ela, acompanhada da mãe, começou a “paquerar” o futuro marido. “Eu
disse para minha mãe que tinha interesse no Vitor, e ela me contou como ele era
bonito e aprovou. Na mãe a gente confia, né?”, ressalta Andreia.
De acordo com o casal, após os grupos de oração, eles saíam
junto com outros amigos e foram se conhecendo melhor. Vitor conta que conseguiu
o e-mail da futura esposa após a ouvir falando para outra pessoa. “Ela estava
passando o e-mail dela para alguém, eu ouvi meio de canto e anotei. Depois
disso começamos a conversar”, contou Vitor.
O primeiro beijo do casal aconteceu na porta da igreja que
frequentavam naquela época. Namoraram por um ano, ficaram noivos por mais um e
se casaram em maio de 2004.
Relacionamento
A família de Vitor se preocupou quando ele contou que se
casaria com uma mulher que também tinha deficiência visual. Segundo ele, o
problema de visão o acompanha desde criança e por isso já está adaptado às suas
limitações. Os parentes depois aprovaram o casamento.
O casal afirma que viver com alguém que passa pelas mesmas
dificuldades no dia a dia é mais fácil e fortalece a união. “O respeito é maior
e a gente cobra do outro de maneira mais leve, porque sabe da deficiência. Nós
vivemos no mesmo mundo”, explicou Andreia.
Visão da filha
A filha do casal, Chiara, tem a visão perfeita e, segundo
os pais, é mais madura que as crianças de sua idade. “Quando ela aprendeu a
falar, já me avisava da cor do semáforo para atravessar a rua. Ela se preocupa
muito conosco, mas fazemos de tudo para que não fique presa a nós quando
crescer”, disse Andreia.
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