Imagens que rompem as barreiras da comunicação
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Imagine-se em um país onde se fala uma língua que
você compreende muito pouco ou praticamente nada. Você tenta se comunicar, mas
cada vez que insiste, os resultados não são muito positivos, ai você sente-se
incapaz e, por consequência, perde sua autonomia. Se esta situação já se mostra
caótica, imagine agora para uma pessoa que tem o seu desenvolvimento cognitivo
afetado e o processo de reabilitação da fala ainda está em fase inicial. Para
ajudar pessoas nessa situação, pesquisadores do mundo todo vêm desenvolvendo
nas últimas décadas sistemas de Comunicação Alternativa e Ampliada, chamadas de
CAA, que utilizam símbolos pictográficos, gestos, sinais e softwares para
romper a barreiras que impedem a pessoa de exercer um dos direitos humanos mais
fundamentais; o de se comunicar.
Com o objetivo de apresentar um desses sistemas, a
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED
trouxe a São Paulo dois pesquisadores da Espanha, que atuam com o Projeto
ARASAAC (Portal Aragonês de Comunicação Alternativa e Ampliada), para o
Seminário “A Comunicação Alternativa como Ferramenta da Inclusão”. O encontro
foi realizado, dia 6/9, na UNINOVE Vergueiro e reuniu servidores públicos
municipais das áreas de educação, saúde e assistência social, além de
pesquisadores e representes de entidades. Entre as autoridades presentes, a
secretária Marianne Pinotti (SMPED), a coordenadora de Política para o
Desenvolvimento Integral da Primeira Infância, Ana Estela Haddad, a secretária
municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, a secretária
de Estado de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara
Battistella, e o secretário adjunto da SMPED, Tuca Munhoz.
Os palestrantes espanhóis Maria Del Coral Elizondo
Carmona e José Manuel Marcos Rodrigo apresentaram o Portal ARASAAC, que oferece
recursos gráficos e materiais para facilitar a comunicação das pessoas com
algum tipo de dificuldade nesta área. O conteúdo é de livre acesso e pode ser
encontrado no site http://www.catedu.es/arasaac/ em português. O conteúdo pode
ser utilizado em computadores, tablets, smartphones ou mesmo de maneira mais
artesanal, como em cadernos escolares, murais, quadros de aviso e também para
identificar ambientes, pontos turísticos, utensílios domésticos e sinalização
em geral. Em sala de aula, pode ser aplicado como recurso para permitir a
inclusão dos alunos com dificuldade de fala. “A educação transforma a vida das
pessoas e quando ela é inclusiva, o avanço é ainda maior para quem possui
alguma deficiência e, principalmente, para quem não possui; pois se beneficia
ao conviver com a diversidade humana”, lembrou Marianne Pinotti.
Fonte:
Boletim
Informativo Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade
Reduzida Edição número 35
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