Orquestra de cadeirantes.

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ICEP Brasil cria projeto que incluí pessoas com deficiência.
 
Talento artístico não escolhe endereço ou classe social. Cientes disso, vários maestros e professores de música têm unido esforços em projetos sociais a fim de levar música a comunidades carentes pelo Brasil, exemplo seguido por profissionais das artes cênicas e plásticas. Em Brasília, o projeto Centro de Excelência em Artes Roda Viva do ICEP Brasil, voltado para pessoas com deficiência (especificamente os cadeirantes) é pioneiro na cidade e terá como foco a formação de uma orquestra sinfônica.
 
Segundo o organizador do projeto, o músico e professor Guilherme Klava, as pessoas com deficiência enfrentam novos desafios, daí a necessidade de um projeto sério, coerente e que atenda essa importante parcela da sociedade. "A música estimula a sensibilidade não apenas aos que se propõem a estudá-la, nas também aos seus ouvintes e admiradores, que ao entrarem em contato com o universo sonoro, são estimulados a sensações muitas vezes adormecidas pelo mundo moderno", avalia Klava, que é bacharel em violino pela Escola de Música e Artes da Universidade Federal de Goiás.

"Esse projeto é de ouro. É mais um sonho que sai do papel, como quando sonhamos com a fábrica de careira de rodas e a central de libras", emociona-se Sueide Miranda, presidente do ICEP Brasil.

As inscrições já estão abertas. Para participar da orquestra, as pessoas com deficiência devem ter idade mínima de nove anos e irão estudar os instrumentos violino, viola, violoncelo e contrabaixo, além de linguagem musical, canto coral, flauta doce, oficina de percussão e história, construção e manutenção dos instrumentos de cordas. De acordo com Klava, os instrumentos escolhidos "fazem parte do naipe das cordas, que é o alicerce de qualquer orquestra, seja ela uma orquestra de câmara (pequena estrutura) ou sinfônica (maior estrutura)".

O funcionário do ICEP Adriano Silva dos Santos, que trabalha na fábrica de cadeira de rodas do instituto, foi o primeiro inscrito no projeto. "Estou empolgado. Não à toa, a inscrição de número um é a minha", comemora Santos, que diz não ver a hora de começar as aulas. "Esse projeto é de ouro. É mais um sonho que sai do papel, como quando sonhamos com a fábrica de cadeira de rodas e a central de libras", emociona-se Sueide Miranda, presidente do ICEP Brasil.

Guilherme explica que a carga horária e o corpo docente são o "grande diferencial" do projeto. "Os alunos terão aulas duas vezes por semana e um terceiro encontro para os ensaios da Orquestra", informa. Além disso, segundo ele, o corpo docente será formado por músicos/professores graduados e pós-graduados, que possuem vasta experiência profissional em salas de aula, além de atuarem como "performers" em diversas formações musicais.

A equipe do instituto ainda está estudando a melhor data e local para o início das atividades, marcadas, em princípio, para janeiro de 2010. Para viabilizar o projeto, o ICEP Brasil está propondo parcerias e irá solicitar doações de instrumentos musicais, partituras musicais, estantes para partituras, cd's, dvd's, livros, métodos, cordas e outros. As doações deverão ser feitas na própria sede do instituto.

Fonte: Revista Sentidos e APNEN Nova Odessa
 


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Um comentário:

  1. Maravilhosa iniciativa,mas por que não é divulgada?Brasília ainda é uma das piores cidades para muitos deficientes! Faltam projetos voltados para surdos e para múltiplas deficiências, especialmente em linguagens artísticas, como pintura, fotografia teatro e cinema.Obrigada pelo seu blog,Fernanda!
    Beijo e sucesso!

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