Lei que obriga bancos de Uberlândia a terem intérpretes de Libras entra em vigor
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Medida exige que as agências da cidade tenham tradutor para surdos. Primeiro dia em vigor mostra que a acessibilidade ainda não está presente nos estabelecimentos.
Segundo a lei, todos os estabelecimentos deverão “contar com a presença de um profissional tradutor e intérprete da Libras, ou plataforma de acessibilidade que integre e supra essa função, voltada para o atendimento da comunidade surda”.
O atendimento deve ser feito no mesmo período de funcionamento da instituição. Também é obrigatória a presença de cartaz de fácil visualização indicando o símbolo de Libras. Quem realizará a fiscalização nas agências para que a medida seja colocada em prática será o Procon-MG.
Fiscalização
Apesar da lei estar em vigor, a acessibilidade ainda não está presente na primeira visita, como foi notado nesta terça pela Adriana Silveira, representante da Associação de Surdos de Uberlândia (ASUL), com a tradução da intérprete Priscila Gadelha Da Silva.
Em entrevista à TV Integração, Adriana disse que “infelizmente a comunicação deles é muito resumida, eles usam máscaras também, é a primeira cidade que existe essa lei que dá acessibilidade a eles. Então está muito complicada a comunicação”.
A representante também afirma que é necessária a presença de uma pessoa para que a conversa não seja com um personagem virtual.
“Como que vou ter a resposta, o avatar me sinaliza, com quem eu vou falar, como vou tirar minhas dúvidas. Então é preciso de um humano presencial ou por vídeo fazendo essa comunicação”.
Adriana reforçou a necessidade dessa lei para que a comunidade saiba com detalhes as informações das operações bancárias. No primeiro movimento de fiscalização, nesta terça, não foram encontradas pessoas capacitadas a fazer o atendimento, mas que “é bom para mostrar que nós vamos aos bancos para ver se tem acessibilidade, se tem empatia com a pessoa surda para conseguir uma comunicação em libras”.
Por meio de nota, o Procon informou que tem trabalhado junto as instituições financeiras para atender as normas de inclusão e que é rotina a fiscalização. Para denúncia de quebra da lei, é disponibilizado o número de telefone 151.
Fonte: G1
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