Aprovada MP que facilita financiamentos para pessoas com deficiência
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Raíssa
Abreu, Augusto Castro
Os
senadores aprovaram nesta terça-feira (27) o Projeto de Lei de Conversão (PLV)
6/2012, que autoriza a União a conceder subvenção econômica de R$ 25 milhões
por ano a instituições financeiras oficiais para financiar operações de crédito
destinadas à aquisição de bens e serviços de tecnologia assistiva para pessoas
com deficiência, como cadeiras de roda e carros adaptados. Todos os partidos
apoiaram o projeto, possibilitando a votação simbólica da matéria, que segue
para sanção presidencial.
A
tecnologia assistiva proporciona e amplia habilidades funcionais, permitindo
uma vida menos dependente às pessoas com deficiência, bem como maior acesso a
canais de comunicação.
De acordo
com o texto, resultante de modificações feitas pela Câmara dos Deputados na Medida
Provisória (MP) 550/2011, o limite de renda mensal para enquadramento como
beneficiário do financiamento será definido por ato conjunto dos ministros da
Fazenda, de Ciência e Tecnologia, do Esporte e da Secretaria de Direitos
Humanos.
O mesmo
ato explicitará, ouvido o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de
Deficiência (Conade), o rol de bens e serviços de tecnologia assistiva
destinados a pessoas com deficiência passíveis de financiamento com o crédito
subvencionado.
O relator da matéria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou parecer favorável à aprovação e elogiou o trabalho da relatora na Câmara, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que ficou tetraplégica em consequência de um acidente de carro, em 1994. Lindbergh registrou que o Congresso Nacional vem se destacando nos últimos anos por atuar com afinco na garantia e ampliação dos direitos das pessoas com deficiência.
Lindbergh fez referência especial ao presidente da Casa, senador José Sarney, que, de acordo com ele, apoia medidas voltadas a atender as pessoas com deficiência desde que foi presidente da República (1985-1990).
O relator da matéria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou parecer favorável à aprovação e elogiou o trabalho da relatora na Câmara, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que ficou tetraplégica em consequência de um acidente de carro, em 1994. Lindbergh registrou que o Congresso Nacional vem se destacando nos últimos anos por atuar com afinco na garantia e ampliação dos direitos das pessoas com deficiência.
Lindbergh fez referência especial ao presidente da Casa, senador José Sarney, que, de acordo com ele, apoia medidas voltadas a atender as pessoas com deficiência desde que foi presidente da República (1985-1990).
Citando o
relatório da deputada, Lindbergh afirmou que a tecnologia assistiva promove a
“emancipação da pessoa com deficiência”. Equipamentos como cadeiras de roda
motorizadas, plataformas elevatórias, automóveis adaptados, periféricos e
programas de computador específicos, guinchos de transferência e equipamentos
de braille, por exemplo, anulam o impedimento motor ou de comunicação dessas pessoas,
explicou o senador.
Os
senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Ana Rita (PT-ES),
Lúcia Vânia (PSDB-GO), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA),
Alvaro Dias (PSDB-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Wellington Dias (PT-PI), Flexa
Ribeiro (PSDB-PA), José Agripino (DEM-RN), Walter Pinheiro (PT-BA) e Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP) citaram a importância da medida provisória e também
destacaram a trajetória de vida de Mara Gabrilli, bem como a dedicação de
Lindbergh ao tema.
R$ 25
milhões em subvenções
De acordo
com o texto, a subvenção econômica concedida pela União às instituições
financeiras virá na forma de equalização de taxas de juros e outros encargos
financeiros. A equalização de juros corresponde ao diferencial entre o encargo
do mutuário final (tomador do financiamento) e o custo da fonte de recursos,
acrescido da remuneração da instituição financeira.
Compete ao
Ministério da Fazenda definir a taxa de juros e demais encargos que poderão ser
cobrados dos mutuários pelas instituições financeiras, levando em consideração
a renda do mutuário, com previsão de custos efetivos menores para aqueles de
renda mais baixa.
Mudança
feita pela relatora Mara Gabrilli procurou garantir que o valor de R$ 25
milhões em subvenções possa vir a ser aumentado, de acordo com a
disponibilidade orçamentária.
A renúncia
fiscal estimada com a MP é de R$ 16,9 milhões em 2012 e de R$ 17 milhões em
2013. Segundo a relatora, com essa subvenção deverão estar disponíveis para
empréstimo R$ 100 milhões.
Agência
Senado
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