Ciborgue negocia parceria tecnológica com a Universidade de PE
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FÁBIO GUIBU - DE RECIFE
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Neil Harbisson, 29, presidente da Fundação Cyborg, de defesa dos
direitos dos homens-máquina
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Presidente da Fundação Cyborg, de defesa dos direitos dos
homens-máquina, Harbisson nasceu com acromatopsia, problema que o faz enxergar
apenas em preto, branco e tons de cinza. "Tinha dificuldades na escola
para identificar mapas, pessoas e bandeiras", disse.
Em 2004, ele testou um olho eletrônico que transformava cores captadas
por uma câmera em sons --bipes mais graves ou agudos.
O equipamento, disse Harbisson, pesava cinco quilos, reconhecia apenas
seis cores e precisava ser transportado em uma mochila, nas costas.
Seu olho eletrônico atual, a décima versão, pesa poucos gramas e se
parece com uma webcam presa na cabeça por uma tiara. Um chip instalado sobre a
nuca distingue até 360 tons.
"Quando entro em um ambiente, ouço a cor predominante",
afirmou ele nesta quarta, em palestra na universidade. "Depois, é preciso
focar individualmente os objetos para ouvir as outras cores."
Segundo ele, seu reconhecimento como ciborgue pelo governo britânico
ocorreu ainda em 2004, após um laudo médico atestar que a máquina, embora de
uso externo, era essencial para ele.
No mesmo ano, Harbisson tirou seu passaporte, com uma foto em que aparece
usando o olho eletrônico como se fosse parte do corpo.
Em Recife, Harbisson conhecerá um projeto da universidade que transforma
em sons e letras os gestos da linguagem de mãos dos deficientes auditivos. O
protótipo fica pronto em dezembro.
Fonte: Folha

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