Herbert Vianna. Grande cantor de sucesso, antes e depois de adquirir a deficiência
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Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a
música “Vital e Sua Moto”, em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro
sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI.
Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o
disco-solo Ê Batumarê (1992). Mais dois seriam gravados, Santorini Blues (1997)
e O Som do Sim (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Fernanda
Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.
Herbert namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, e
posteriormente casou com a inglesa Lucy Needham, com quem teve os filhos Luca,
Hope e Phoebe.
Herbert desde cedo gostou de pilotar helicópteros e
ultraleves. Em 2001, Herbert passou pelo momento mais crítico de sua vida. No
dia 4 de fevereiro, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o
ultraleve que pilotava caiu no mar, devido a um problema de fabricação na baía
de Angra dos Reis.No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado durante 44
dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte
da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual,
retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado quatro álbuns
após o acidente: Longo Caminho (2002, preparado antes do acidente), Uns Dias ao
Vivo (2004, ao vivo), Hoje (2005) e Brasil Afora (2009).
Herbert Vianna é amigo de Jimmy Page, lendário guitarrista
do Led Zeppelin. Quando sofreu o acidente a partir do qual ficou paraplégico,
Page veio da Inglaterra visitá-lo no Rio de Janeiro e vê-lo como estava,
pessoalmente. Herbert, numa situação anterior, havia lhe dado uma guitarra de
presente.
Herbert Vianna é poliglota. Quando saiu do coma, devido
sua perda de parte da memória, ele não conseguia falar português e se
comunicava com médicos e amigos em inglês e francês. Quando ele foi se
recuperando gradualmente conseguiu voltar a falar português normalmente.
Sua história teve um final feliz e virou filme, o
documentário “Herbert de perto”.Dirigido por Roberto Berliner e Pedro Bronz, o
longa-metragem mostra a trajetória do músico desde o lançamento dos Paralamas,
nos anos 1980, até sua luta pela recuperação e o surpreendente retorno aos
palcos, em 2002. “Minha principal motivação foi a história de amizade que tenho
com esse grande cara, que é um exemplo de superação para todos nós”, diz
Berliner, que conhece Herbert há 26 anos.
Retrato de uma geração
A produção mescla imagens de arquivo e entrevistas realizadas com pessoas próximas a Herbert, como seus companheiros de grupo, Bi Ribeiro e João Barone, seu irmão Hermano Vianna e o amigo Dado Villa-Lobos. “O maior desafio foi reunir todo esse material, que veio de diversas fontes. Não é apenas um perfil do Herbert, é um retrato também de toda uma geração”, afirma Berliner.
A produção mescla imagens de arquivo e entrevistas realizadas com pessoas próximas a Herbert, como seus companheiros de grupo, Bi Ribeiro e João Barone, seu irmão Hermano Vianna e o amigo Dado Villa-Lobos. “O maior desafio foi reunir todo esse material, que veio de diversas fontes. Não é apenas um perfil do Herbert, é um retrato também de toda uma geração”, afirma Berliner.
Em uma das cenas, Herbert assiste a um depoimento seu,
capturado mais de dez anos antes do acidente, em que ele afirma: “Acho que eu
sempre consegui todas as coisas que eu quis e não vejo nada que eu não me sinto
capaz de conseguir. Mesmo se a gente parasse e acontecesse uma tragédia, eu ia
começar de novo e ia conseguir tudo de novo”. Depois de todo o acontecido,
essas palavras certamente ganharam novo significado, para Herbert e para o
público.
Fonte: 45
graus
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