Níveis elevados de açúcar no sangue aumentam risco de Alzheimer
Compartilhe
Estudo
sugere que ligação existe mesmo sem a presença de uma variante genética que é
fator de risco para a doença neurológica.
Estudo de pesquisadores da Universidade do
Arizona, nos EUA, sugere uma possível ligação entre níveis elevados de açúcar
no sangue e o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
Associação existiu independentemente de
indivíduos terem uma variante genética que é fator de risco estabelecido para o
desenvolvimento da doença neurológica.
A pesquisa foi publicada na revista
Neurology.
Cerca de 5% dos homens e mulheres com idades
entre 65 e 74 anos, têm a doença de Alzheimer, e estima-se que quase metade das
pessoas de 85 anos ou mais podem ter a doença. Entre os fatores conhecidos que
contribuem para a doença são a idade e a genética. Os cientistas também pensam
que pressão alta, colesterol alto e diabetes no sangue podem aumentar o risco.
Embora a ligação entre diabetes e a doença de
Alzheimer tenha sido estudada, os investigadores decidiam verificar se níveis
elevados de açúcar no sangue em indivíduos não diabéticos também podem indicar
um maior risco de desenvolver Alzheimer.
"Há estudos que ligaram diabetes à
doença de Alzheimer como um fator de risco. O que não se sabia quando começamos
este trabalho é se o risco era apenas em níveis de
açúcar no sangue que se qualificam para o diagnóstico de diabetes, níveis na
faixa de fronteira ou pré-diabetes, ou se também há uma relação através da
chamada faixa normal de glicose no sangue", afirma o coautor Alfred
Kaszniak.
Os pesquisadores usaram uma técnica de imagem
médica que produz imagens tridimensionais da atividade metabólica no cérebro.
Níveis séricos de glicose em jejum foram rotineiramente adquiridos como parte
do exame.
"Quando comparados com aqueles sem a
doença, os pacientes com doença de Alzheimer demonstraram um padrão de redução
do metabolismo cerebral em regiões cerebrais específicas. O que nós mostramos é
uma associação entre os níveis séricos elevados de glicose em jejum e um padrão
similar de metabolismo reduzido nessas mesmas regiões cerebrais em adultos
cognitivamente saudáveis", explica a autora da pesquisa Christine Burns.
Os pesquisadores estudaram dados de 124
adultos cognitivamente normais, não diabéticos com história familiar da doença
de Alzheimer. Os indivíduos, que variaram na idade 47 a 68 anos, estavam entre
os participantes em um estudo maior, que verificou uma variedade de fatores de
risco para a doença de Alzheimer, incluindo o risco genético.
A ligação entre o alto nível de açúcar no
sangue e redução do metabolismo cerebral existia independentemente de
indivíduos terem a variante do gene apolipoproteína E4, fator de risco
estabelecido para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Além de sugerir uma ligação entre os níveis
elevados de açúcar no sangue e o risco de Alzheimer em indivíduos não
diabéticos, o estudo também mostra a promessa para o uso de técnicas de imagem
cerebral como o PET para identificar o risco de desenvolver a doença
neurológica e desenvolver intervenções preventivas precoces.
Burns espera que os resultados possam
informar trabalhos em andamento desenhados para ajudar a
desenvolver tratamentos para o Alzheimer.
Fonte: I Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário é muito importante para nós.