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GDF já emitiu cerca de 4 mil carteiras para pessoas com autismo
Documento de identificação expedido para o indivíduo com TEA visa garantir os direitos deste público
Cerca de quatro mil moradores do Distrito Federal com autismo já contam com um documento de identificação específico expedido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir o acesso aos direitos dos autistas. É a Carteira da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) prevista na Lei nº 6.642, de julho de 2020.
Mais de 2 mil pacientes com síndrome de Down atendidos e acolhidos no DF
Projeto CrisDown oferece atendimento humanizado e multidisciplinar, evitando que as famílias tenham que buscar assistência em vários locais
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Projeto Duda Nalini cria parques inclusivos
Crianças com e sem deficiência se divertem nos espaços projetados pela iniciativa, que também trabalha com conscientização coletiva
Duda |
“Mãe, põe ela para brincar aqui comigo.” Foi ouvindo o pedido de João que Selma decidiu repensar essa história e fazer de fato valer o direito que também era de sua filha. Duda [falecida em 2020] nasceu com síndrome de Dandy-Walker, uma malformação cerebral que comprometeu seus movimentos, sua fala, sua visão. Brinquedos convencionais não ofereciam condições para a pequena se divertir, mas e se houvesse um playground inclusivo?
Pois assim, em 2017, nasceu o Projeto Duda Nalini, que até os dias de hoje promove a instalação de gangorras, balanços, gira-giras e demais brinquedos adaptados para que crianças com deficiência também tenham o seu lugar nesses espaços. Afinal, “brincar é para todos”, como diz o slogan da iniciativa.
“A vida dessas crianças é muita terapia e internação. Eu sentia falta da diversão para elas”, disse Selma em entrevista ao portal G1.
“Brincar é a principal ocupação de uma criança. É pelo brincar que ela desenvolve habilidades sociais, cognitivas e comunicativas.”
Brincar é para todos
O objetivo do projeto é oferecer lazer e entretenimento para todas as crianças. Para isso, Selma foi atrás de parcerias. Tudo começou em um parque na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde a família mora. Com autorização da Prefeitura e doações de empresários, em pouco mais de um ano de projeto foram seis parques transformados. E, recentemente, a iniciativa chegou a Minas Gerais, no Parque Ipanema, em Ipatinga.
Esses espaços ganharam brinquedos adaptados, rampas de acesso, piso pavimentado. Públicos, nesses locais a ideia é mesmo unir todo mundo, possibilitando que crianças com e sem deficiência interajam nos mesmos lugares.
“A primeira vez que eu coloquei a Maria Eduarda pra brincar, principalmente junto com o João Lucas, eu vi que ali eu consegui igualar o ser humano. Os dois estavam juntos, brincando. Ali eles não tinham diferença alguma”, contou Selma ao canal Inspire Fundo.
Duda, a inspiração de tudo, foi uma das primeiras a estrear os parques acessíveis, que diariamente recebem muitas outras famílias – algumas até revelam que nem tinham conhecimento de que seus filhos pudessem aproveitar os brinquedos. Falecida em 2020, aos 12 anos, sua memória permanece em cada criança que tem a oportunidade de brincar por meio do projeto que leva seu nome.
Para completar, o projeto também promove palestras sobre a importância da acessibilidade, em eventos e escolas. Todos que participam – inclusive as crianças, pois a ideia é levar o tema a todos – recebem o selo da iniciativa e são promovidos a “amigo e guardião” do projeto e do seu propósito. Pela página oficial (https://www.instagram.com/projetodudanalini/) é possível acompanhar as ações, que se mantêm vivas em homenagem a Duda Nalini.
Fonte: Guia de Rodas
Sala Cássia Eller será inclusiva e acessível
Um dos espaços mais emblemáticos do Distrito Federal vai reabrir suas portas ao público com uma destinação inédita. A Sala Cássia Eller, que compõe o Eixo Cultural Ibero-americano, está pronta para se transformar no primeiro espaço brasileiro totalmente destinado a pessoas com deficiência (PCD), no palco e na plateia.
“Este é um sonho que se torna realidade, atendendo a uma demanda reprimida de artistas e público nessa condição”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. “A Sala viveu anos de abandono, numa situação inaceitável: um espaço cultural no centro da cidade, que estava servindo de depósito de velharias. Agora, vai ter um destino à altura e provar que o artista PCD tem muito o que mostrar para enriquecer a cultura do DF.”