8 expressões para deixarmos de usar e construirmos uma comunicação mais inclusiva
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8 expressões para deixarmos de usar e construirmos uma comunicação mais inclusiva |
Construir uma sociedade mais inclusiva e responsabilidade de todos. E a forma com que nos comunicamos faz toda diferença, por isso, é preciso refletir e abandonar algumas expressões que ao longo do tempo foram “naturalizadas” na nossa sociedade, mas que são formas de capacitismo e que contribuem para a exclusão da pessoa com deficiência.
No Brasil, mais de 45,6 milhões de pessoas vivem com algum tipo de deficiência, segundo dados do Censo IBGE de 2010. Este número representa quase um quarto da população brasileira.
Pessoa normal
O conceito de “normalidade” é no mínimo ultrapassado e questionável, por isso, abandone essa forma de pensamento. Existem pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência. Simples assim.
Aleijado; Defeituoso; Incapacitado; Inválido, Portador, Especial, Pessoa com Necessidade Especial…
Esses termos eram utilizados com frequência até a década de 1980. A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas com Deficiência, inicia-se um movimento para mudar esses termos. Em 2009 chegamos ao termo “Pessoa com Deficiência”, usado até hoje. Confira aqui a evolução da terminologia.
‘Apesar da deficiência, ele é um ótimo aluno’
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘A pessoa com deficiência não pode ser um ótimo aluno’? Reescreva e repense: “ele tem deficiência e é um ótimo aluno”.
‘Ela foi vítima de paralisia infantil’
Não como sermos “vitimas”, pois essa situação não depende exclusivamente de nós, mas sim é uma consequência da vida. A utilização da palavra “vítima” lembra piedade e da a impressão que poderia ter sido evitado. O correto é “ela teve paralisia infantil”.
‘Essa família carrega a cruz de ter um filho com deficiência’
Deficiência não é cruz, estigma, benção ou castigo. Deficiência é uma condição humana com tanto potencial quanto qualquer outra. Essa frase tem apenas uma função: ser capacitista.
“Tenho um filho com deficiência e outro normal”
Como falei acima, o conceito de normalidade é ambíguo e incoerente. O correto seria “tenho um filho com e um sem deficiência.
Retardo Mental; Retardamento Mental
São pejorativos os termos retardado mental, mongoloide, mongol, pessoa com retardo mental, portador de retardamento mental, portador de mongolismo, etc. Tornaram-se obsoletos, desde 1968, os termos: deficiência mental dependente (ou custodial), deficiência mental treinável (ou adestrável), deficiência mental educável. Correto: deficiência intelectual.
Além dessas existem muitas outras que precisamos criar o hábito de eliminá-las do nosso vocabulário, pois só assim conseguiremos construir uma sociedade mais inclusiva e menos segregadora.
Conhece outras? Comente aqui.
Fonte: Deficiência em Foco
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